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Por acerto de verbas desviadas, facção encomendou morte de vereador

Polícia Civil apontou que o vereador de SP Senival Moura se tornou alvo por não repassar verbas de uma empresa de ônibus para a organização

atualizado

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Moura é um dos fundadores da Transunião que atua na zona leste da capital paulista
1 de 1 Moura é um dos fundadores da Transunião que atua na zona leste da capital paulista - Foto: Reprodução/ Facebook

São Paulo – Uma facção criminosa encomendou a morte de Senival Moura, vereador de São Paulo pelo PT, porque o político não repassou verbas da empresa de ônibus Transunião para a organização.

Foi uma investigação da Polícia Civil que revelou o caso, segundo a Folha de S. Paulo. Nessa quinta-feira (9/6), os policiais fizeram uma operação para verificar o envolvimento do crime organizado com o transporte público.

Moura é um dos fundadores da Transunião, que atua na zona leste da capital. A Polícia apura se o vereador fazia lavagem de dinheiro para a facção criminosa usando a empresa de ônibus.

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Assassinato

O vereador também é suspeito de ter participado do assassinato de Adauto Soares Jorge, ex-presidente da companhia, que foi morto a tiros em março de 2020. De acordo com a investigação, Adauto era “testa de ferro” do político.

Segundo a Polícia civil, os dois não fizeram o repasse do dinheiro para a organização criminosa que por isso determinou a morte de ambos.

Perdão

O diretor do Departamento Especializado em Combate ao Crime Organizado (Deic), Fábio Pinheiro, afirmou que um ladrão de bancos, chamado Leonel, atuava na Transunião e impediu que o vereador fosse assinado.

A investigação policial apontou que Senival Moura era dono de 13 dos ônibus da Transunião, apesar de ter declarado na campanha eleitoral de 2020 que tinha apenas um veículo.

“Perdoaram ele, tomaram os 13 ônibus dele e expulsaram ele da cooperativa. Em contrapartida, eles exigiram sangue. Foi a hora que o Adauto foi executado”, afirmou Pinheiro à Folha.

Envolvimento em assassinato

De acordo com o diretor do Deic, Senival Moura sabia que Adauto seria morto. “Acho que o Senival sabia, sim. Por isso acho que ele teve colaboração na morte, forneceu seu motorista”, disse Pinheiro à Folha.

“Eu estou à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos, eu que sou formado em direito confio plenamente na Justiça e sou um defensor do Estado democrático de Direito”, afirmou vereador em nota negando envolvimento nos crimes.

Membros da facção criminosa têm de 30% a 40% da frota da Transunião, indicou a apuração da Polícia Civil. A cooperativa recebe da prefeitura de São Paulo cerca de R$ 100 milhões por ano.

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