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Tratamento precoce é “livre arbítrio” dos médicos, diz Mayra Pinheiro

Secretária afirmou que o Ministério da Saúde nunca determinou o uso de cloroquina, mas apenas orientou sobre “doses seguras” do fármaco

atualizado

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A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, afirmou, nesta terça-feira (25/5), que o “tratamento precoce” contra a Covid-19 é do “livre arbítrio” dos médicos, com o consentimento dos pacientes.

De acordo com a médica, a pasta federal nunca determinou o uso de cloroquina, mas apenas orientou a administração de “doses seguras” do fármaco.

“O Ministério da Saúde nunca indicou tratamentos para a Covid. O Ministério da Saúde criou um documento juridicamente perfeito, que é a Nota Orientativa nº 9, que depois virou a Nota nº 17, onde nós estabelecemos doses seguras, onde os médicos brasileiros pudessem utilizar medicamentos, com o consentimento dos seus pacientes, de acordo com o seu livre arbítrio”, declarou a secretária à CPI da Covid.

Mayra, todavia, enfatizou que nunca recebeu ordem do presidente para defender o medicamento. “Nunca recebi ordem, e o uso desses medicamentos não é uma iniciativa minha, pessoal”, afirmou.

O “tratamento precoce” é recomendado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e envolve medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19, como a cloroquina e a ivermectina. Mayra é conhecida como “Capitã Cloroquina” pela defesa pública do medicamento.

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Mayra é a nona depoente do colegiado. Antes dela, os senadores ouviram os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, além do atual chefe da Saúde, Marcelo Queiroga.

O ex-chanceler Ernesto Araújo, o gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten e o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, também prestaram depoimento.

A CPI da Covid-19 tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.

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