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Sérgio Camargo diz que João Beto “não representa os pretos honrados”

Em seu Twitter, presidente da Fundação Cultural Palmares chamou o homem espancado até a morte de “marginal”

atualizado

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Reprodução/Facebook
Camargo diz que afirmação de jornalista foi "injúria racial"
1 de 1 Camargo diz que afirmação de jornalista foi "injúria racial" - Foto: Reprodução/Facebook

Em publicação no Twitter, o presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Sérgio Camargo, afirmou que o homem negro assassinado em uma unidade do Carrefour de Porto Alegre (RS), João Alberto Silveira Freitas, “não representa os pretos honrados”. No comentário feito nesta quarta-feira (25/11), Camargo chama a vítima de “marginal”.

O titular da FCP citou o caso ocorrido na capital gaúcha ao comentar uma reportagem a respeito de suposta censura ao filme biográfico sobre Carlos Marighella, interpretado por Seu Jorge. Na postagem, o presidente da Fundação Palmares chama Marighella de “terrorista comunista”.

“Marginais não representam os pretos honrados do Brasil, seja Marighella, Madame Satã ou o negro do Carrefour. Cada um gasta seu dinheiro como quiser. O meu nunca terão!”, disparou.

O “negro do Carrefour” que Camargo se refere é João Alberto Silveira Freitas, 40 anos. Ele foi brutalmente espancado por seguranças de uma unidade do supermercado em Porto Alegre. Três pessoas foram presas acusadas de participar do homicídio.

Veja a publicação: 

Desde a posse do mandato como presidente da fundação, Sérgio Camargo minimiza a questão racial no Brasil. Para ele, a escravidão foi “benéfica para os descendentes”, não existe “racismo real” e o movimento negro precisa ser extinto.

Sérgio chegou a ironizar a Consciência Negra e escreveu em um post no Twitter: “Esta sexta-feira será o Dia Nacional de Postar o Vídeo do Morgan Freeman!”, em referência à data.

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