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Segundo Cleto, o “Chuck”, citado em delação, é Ricardo Leal, ex-BRB

A revelação foi feita pelo ex-vice-presidente da Caixa em depoimento ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal

atualizado

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Luludi/Divulgação
Fábio Ferreira Cleto BRB
1 de 1 Fábio Ferreira Cleto BRB - Foto: Luludi/Divulgação

Sob os olhares do ex-deputado Eduardo Cunha e do operador financeiro Lúcio Funaro, o ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto (foto) fez uma revelação ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do DF, que envolve personagem do bastidor político na capital da República.

Segundo o delator, o “Chuck” flagrado em mensagens de textos trocadas por ele é Ricardo Leal, ex-integrante do Conselho de Administração do Banco de Brasília (Consad/BRB).

Leal foi arrecadador da campanha de Rodrigo Rollemberg ao Governo do Distrito Federal. Considerado uma pessoa próxima ao governador, ele renunciou ao Conselho de Administração do BRB em fevereiro. Embora tenha deixado o posto, mantém prestígio no banco.

Fábio Cleto fez a revelação durante a oitiva dos réus na ação penal decorrente da Operação Sépsis, que investiga suposto esquema de corrupção no fundo de investimentos FI-FGTS, controlado pela Caixa. Ele foi indagado sobre o assunto pelo advogado de Eduardo Cunha, Délio Lins e Silva: “Ricardo Leal era o ‘Chuck’?”. Cleto confirmou: “Sim.

O ex-vice-presidente da Caixa, ouvido por meio de videoconferência a partir de Campinas (SP), continuou: “Ricardo Leal é um amigo do Lúcio (Funaro) e do (empresário) Alexandre Margotto, que mora em Brasília e que me foi apresentado logo que cheguei lá. Foi ele que me ajudou a alugar a casa em Brasília. Ele me ajudou e a gente conviveu bastante de forma pessoal”

Perguntado se mantinha algum negócio com Leal, Cleto negou. “Não, nenhum negócio. Ele chegou a me pedir para apresentar na Caixa um ou outro projeto, uma ou outra pessoa. Eu apresentei, mas nenhum dos negócios dele lá que, eu soube, evoluiu. Nem comigo nem nas outras áreas. E nunca tivemos negócio juntos e qualquer vantagem indevida”, afirmou o ex-vice-presidente do banco.

Transações nebulosas
As menções ao misterioso “Chuck” constam entre as páginas 253 e 260 da delação premiada de Fábio Cleto e revelam operações junto à Caixa de interesse da construtora Camargo Corrêa, então representada pelo diretor Eduardo Leite, além de transações nebulosas com o Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS).

Cleto foi quem entregou o esquema de corrupção enfronhado no Fundo de Investimento do FGTS que, segundo o ex-executivo, era capitaneado pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e por Lúcio Funaro, ambos atualmente presos.

Pelo teor das conversas mantidas entre Cleto e “Chuck”, sabia-se que o sujeito mora em Brasília, operou o joelho em maio de 2012 e mantinha, à época das mensagens, relação com o doleiro Silvano Bernasconi. Este último personagem é um suíço naturalizado brasileiro que, por indicação de Cunha — e segundo o relato de Cleto —, ajudou no esquema de montagem de empresas de fachada na Suíça.

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