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Ruralistas reforçam apoio a Tereza Cristina: “Imprescindível”

Em apoio, bancada divulgou estudo com feitos da ministra desde que ela assumiu a pasta e avisou não ser tempo para tratar de “mesquinharias”

atualizado

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MDB/Divulgação
Alceu Moreira
1 de 1 Alceu Moreira - Foto: MDB/Divulgação

Ao defender a permanência da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, no governo de Jair Bolsonaro (sem partido), o presidente da Frente Parlamentar da Agricultura, deputado Alceu Moreira (MDB-RS), disse que a chefe da pasta tem apoio integral do grupo.

Segundo ele, não é momento para dar voz ao que chamou de “mesquinharias”. O grupo, que reúne 285 parlamentares, sendo 40 senadores, divulgou em seus canais um levantamento apontando os feitos da gestão de Tereza, desde que assumiu a pasta. Desde a queda do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, Tereza tem sido alvo da militância bolsonarista por sua postura pró-negócios com a China.

Pelo estudo, de janeiro do ano passado até março deste ano, foram abertos 48 novos mercados, em 23 países diferentes, com a diversificação de produtos e destinos para o comércio do país. Esses feitos são atribuídos à ministra.

A divulgação é um recado ao governo de que a bancada não vai aceitar uma eventual demissão da ministra após “frituras” nos moldes das que ocorreram com Henrique Mandetta (DEM-MS), da Saúde, e Sergio Moro, que ocupava a pasta da Justiça e Segurança Pública.

“A bancada integralmente apoia a Tereza Cristina esse é um assunto ultrapassado e não estamos mais tratando dessa pauta. Ela tem o total apoio da FPA e do governo”, minimizou o deputado, que chama de “rumores” as críticas que ela vem sofrendo de dentro da base bolsonarista.

“Tenho certeza que ela é imprescindível no governo e estamos publicando hoje, em todas as páginas, tudo que ela tem feito desde o dia que assumiu o Ministério da Agricultura. O país, em plena crise do coronavírus, vai produzir mais que o ano passado e ela continua abrindo portas de mercados internacionais”, disse.

Momento crucial
A indisposição de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro ocorre na esteira dos revezes com o partido da qual a ministra é filiada, o DEM, mesma legenda do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e de Luiz Henrique Mandetta. Caiado rompeu com o presidente por discordâncias sobre o modo de combater a pandemia.

Tereza também já havia sido alvo nas redes sociais após atuar, ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, para debelar o incêndio provocado pelo filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, que acusou o Partido Comunista Chinês de disseminar propositalmente o coronavírus. Os ataques de Eduardo foram prontamente respondidos pelo embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, que, em resposta, disse que Eduardo tinha contraído um “vírus mental”.

Logo após a demissão de Mandetta, auxiliares da ministra identificaram uma escalada nas críticas recebidas via redes sociais.

As instabilidade em relação à ministra aumenta a temperatura em um momento considerado primordial pela bancada que teme atrapalhar as negociações para o próximo Plano Safra 2020/2021. A prioridade dos ruralistas para garantir a produção na saída da crise do coronavírus é tentar fazer com que o governo antecipe o programa de subvenção de juros do crédito rural. Eles querem ainda que os subsídios passem de R$ 10 bilhões (valor de 2019) para R$ 15 bilhões. Tereza Cristina defende juros de 5% a 6% para o médio produtor. Atualmente as taxas giram em torno de 6% a 7%.

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