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Ricardo Barros nega relação com Covaxin: “Não sou esse parlamentar”

O nome do líder do governo foi confirmado como citado pelo presidente Bolsonaro como autor do esquema para importação dos imunizantes

atualizado

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JP Rodrigues/ Metrópoles
Ricardo Barros
1 de 1 Ricardo Barros - Foto: JP Rodrigues/ Metrópoles

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), negou nesta sexta-feira (25/6) ter participado de qualquer negociação para a compra das vacinas indianas Covaxin.

“Não sou esse parlamentar citado”, disse Barros, por meio das redes sociais, referindo-se à informação dada pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) à CPI da Covid de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria apontado o deputado como articulador do esquema de compra superfaturada de imunizantes.

Veja:

Luis Miranda, após se negar por boa parte de seu depomento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid a dizer quem é o deputado que teria sido citado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como ligado às pressões para a assinatura do contrato para a compra da vacina indiana Covaxin, acabou confirmando o nome de Barros.

O deputado evitou, por todo o depoimento, citar nominalmente o líder do governo por, segundo ele, temer retaliações do governo federal em seus trabalhos na Câmara dos Deputados.

Antes, Miranda defendia “não se lembrar” de quem era o deputado citado por Bolsonaro como pivô do caso. Após pressão dos senadores, o deputado relevou o nome.

Veja:

O relator Renan Calheiros (MDB-AL) lembrou que Barros é o autor de emenda que permitiu a aquisição da vacina indiana mesmo sem autorização de uso emergencial do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O irmão do deputado, Luis Ricardo, apontou que a responsável pelo aval para a importação seria Regina Celia Silva Oliveira, nomeada quando Ricardo Barros ocupava o cargo de ministro da Saúde, ainda no governo de Michel Temer.

Regina Célia foi quem autorizou o pagamento de US$ 45 milhões em favor da Madison Biotech, sediada em Singapura.

Senadores do colegiado insistiram para que Luis Miranda dissesse o nome do parlamentar. Ele, no entanto, preferiu não citar, mas apontou o “caminho”. “No caminho que estão seguindo, vão descobrir”, disse, diante das insistências.

Apesar da recusa de Luis Miranda, senadores da CPI da Covid chegaram a apontar Barros como o responsável pela nomeação da servidora.

 

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