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Rachadinha: Polícia Legislativa intima ex-funcionárias de Alcolumbre

Dados da intimação constam em petição encaminhada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) ao Supremo Tribunal Federal (STF)

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Senador Davi Alcolumbre
1 de 1 Senador Davi Alcolumbre - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Polícia Legislativa do Senado Federal colherá nos próximos dias o depoimento das ex-funcionárias do gabinete do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) que acusam o parlamentar de promover esquemas de rachadinha. A informação consta em petição (veja mais abaixo) encaminhada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Vieira é autor de notícia-crime no STF contra Alcolumbre pela suposta prática de desvio de dinheiro. O ex-presidente do Senado foi denunciado por seis ex-funcionárias, que o acusam do esquema de rachadinha em seu gabinete, ou seja, devolução de parte dos salários. Ao todo, os desvios podem ter alcançado a casa de R$ 2 milhões. O caso foi revelado pela revista Veja.

Ao ministro Luís Roberto Barroso, designado relator da notícia-crime na Corte, o senador do Cidadania disse ter tomado conhecimento de que as denunciantes já foram intimadas, pelos policiais legislativos, a prestar esclarecimentos e dar suas versões do possível crime.

O senador sergipano defende, porém, que a Polícia Legislativa não teria competência para investigar a conduta de Alcolumbre, pelo fato de ser autoridade com prerrogativa de foro. Sendo assim, os depoimentos não teriam validade em uma eventual incriminação ao senador do Democratas.

Diante disso, Vieira pede a Barroso que seja imediatamente determinada a oitiva, pela Polícia Federal, das testemunhas, além de sugerir ao ministro que fique estabelecido que a Polícia Legislativa do Senado se abstenha de realizar qualquer procedimento investigatório contra Alcolumbre.

Dinheiro devolvido

Conforme noticiado pela Veja, o suposto esquema teria começado em 2016. As mulheres tinham vencimentos mensais entre R$ 4 mil e R$ 14 mil, mas devolviam boa parte do montante ao gabinete de Alcolumbre.

Desde que o caso veio à tona, Alcolumbre tem negado o esquema. “É nítido e evidente que se trata de uma orquestração por uma questão política e institucional da CCJ e do Senado Federal”, frisou, em nota, na semana passada.

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