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Queiroga: “Bolsonaro garantiu absoluta autonomia para escolher equipe”

Durante coletiva, novo ministro da Saúde ainda disse que pedido para cerimônia de posse “simples” partiu dele próprio

atualizado

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Marcelo Queiroga
1 de 1 Marcelo Queiroga - Foto: null

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira (24/3) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) garantiu “absoluta autonomia” para que o médico cardiologista escolha sua equipe de secretários.

“O senhor presidente da República me deu absoluta autonomia para indicar o secretariado do Ministério da Saúde. E eu fiz [a escolha] buscando as melhores pessoas para que nós tenhamos o maior sucesso na concretude das políticas públicas”, disse o ministro durante coletiva, no Palácio do Planalto.

Em sua fala, Queiroga anunciou uma secretaria especial voltada para o combate à pandemia de Covid-19.

“Nós estamos agora com um firme propósito, e essa é uma providência do momento, de instituir uma secretaria especial para o combate à pandemia de Covid-19. Essa secretaria vai cuidar somente da pandemia, porque sabemos que, além da pandemia, as pessoas continuam tendo outros males”, acrescentou o ministro.

Queiroga tomou posse na terça (23/3), em cerimônia discreta, no gabinete presidencial de Bolsonaro. Segundo o ministro, o pedido de “algo simples” partiu dele mesmo.

“Eu solicitei ao presidente da República que fizesse uma posse simples, sem cerimônias, sem solenidade, porque nós vivemos, como vocês sabem e têm tão bem divulgado, uma emergência sanitária de importância internacional. E já tem mais de um ano que aqui no Brasil essa crise sanitária afeta fortemente a nossa população”, declarou o ministro.

Durante a coletiva, Marcelo Queiroga pediu a “confiança” da população e afirmou que é uma “grande responsabilidade” assumir o comando da Saúde. Ele disse que quer vacinar um milhão de pessoas por dia no Brasil.

Desmilitarização da pasta

Com a troca de comando no Ministério da Saúde, técnicos de carreira indicam nova “era” na pasta. Com a chegada do cardiologista Marcelo Queiroga à chefia, os cerca de 25 militares que ocupam cargos no órgão devem ser trocados por outros nomes.

Para se ter dimensão do poder verde-oliva na pasta, militares ocuparam cargos nos setores de logística, de planejamento e orçamento, de gestão interfederativa, de monitoramento do Sistema Único de Saúde (SUS) e na administração do Fundo Nacional de Saúde (FNS).

“É uma clara mudança de posicionamento. Mesmo que seja o mesmo governo, as tendências dos ministros são diferentes. O ministro Pazuello trouxe pessoas da convivência e do meio dele, ou seja, do universo militar. Já o [futuro] ministro Queiroga é médico, com mais de 30 anos de experiência no serviço de saúde”, avalia uma fonte da secretaria-executiva do Ministério da Saúde.

Ex-ministro, Eduardo Pazuello deixou o cargo com o país vivendo uma forte alta de casos e mortes pela Covid-19 e patinando na (re)criação de leitos de unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para o tratamento da doença.

Queiroga será o quarto ministro da Saúde a assumir o enfrentamento da pandemia. Antes, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich deixaram a pasta após divergências com o presidente Bolsonaro. Pazuello sai de cena após o desgaste de sua gestão e pressão de diversos setores.

É um momento muito delicado para a gestão da pandemia. O país errou em muitos momentos, e terá que se esforçar ao máximo para atenuar os problemas. Com o novo ministro pertencendo à área da saúde, o esperado é que a forma de enxergar a pasta seja diferente”, pondera uma técnica de carreira do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

O Brasil tem mais de 12,1 milhões de casos confirmados do novo coronavírus e 298 mil óbitos em decorrência da doença. O Ministério da Saúde aplicou 15,2 milhões de doses da vacina (entre primeira e segunda doses).

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