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Planilha apreendida com Aécio revela cota de cargos no governo federal

Segundo jornal O Globo, senador tucano controlava vagas disponíveis, com respectivos salários

atualizado

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julgamento impeachment
1 de 1 julgamento impeachment - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Polícia Federal apreendeu no gabinete de Aécio Neves (PSDB-MG), no Senado Federal, 14 folhas com planilhas que detalham indicações políticas a cargos nos mais diferentes órgãos da administração pública federal em Minas Gerais. A informação foi publicada nesta sexta-feira (30/11) pelo jornal O Globo.

Segundo a publicação, Aécio detinha ainda um mapeamento de cargos da União disponíveis em Minas, com as respectivas remunerações e vagas em aberto. Um dos documentos traz a data de 10 de fevereiro de 2017, o que indica a influência do senador no governo do presidente Michel Temer.

A planilha intitulada “Indicações para Cargos Federais – Minas Gerais” detalha quem indicou (político e partido) e quem foi indicado para 16 cargos em 10 órgãos do governo federal em Minas. É esta planilha (abaixo, trecho do documento) que traz a data “10/02/2017”. Os órgãos são Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Superintendência Federal de Agricultura, Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Caixa, Ceasa, Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Ibama, Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Geap e Companhia de Armazém e Silos de Minas.

Reprodução

De acordo com O Globo, os papéis foram apreendidos pela PF em 18 de maio deste ano, dia em que foi deflagrada a Operação Patmos, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No mesmo dia, a PF fez buscas em imóveis ligados ao senador em Brasília, Rio e Minas e prendeu preventivamente a irmã dele, Andrea Neves.

O parlamentar foi citado nas delações premiadas dos executivos do grupo J&F como beneficiário de repasses de recursos pelo grupo. Por conta disso, Aécio Neves acabou denunciado em junho pela Procuradoria Geral da República, acusados dos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça: supostamente ele recebeu R$ 2 milhões da J&F.

O Supremo Tribunal Federal determinou, em 26 de setembro, seu afastamento das atividades parlamentares e determinou o recolhimento no período noturno, além da entrega do passaporte. No entanto, em 17 de outubro, o Senado Federal revogou todas as medidas cautelares definidas pelo STF: o placar foi de 44 votos contra a decisão do Supremo por 26 favoráveis.

Outro lado
Em nota encaminhada ao O Globo, a assessoria do senador afirmou que o levantamento diz respeito a indicações feitas por deputados federais de Minas, de vários partidos, para cargos na administração federal, encaminhado a Aécio “para conhecimento”. Segundo o texto, “quase totalidade das indicações remonta aos governos do PT” e que “não coube ao senador fazer qualquer indicação para funções públicas em Minas ou em qualquer outro Estado”.

 

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