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PDT cogita lançar candidatura própria à Presidência do Senado

Um dos nomes cotados é o da senadora Kátia Abreu. Partido ainda avalia possível apoio a Renan Calheiros (MDB) ou Tasso Jereissati (PSDB)

atualizado

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Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
Brasília (DF), 05/06/2018 Reunião PDTLocal: Restaurante Fusion SudoesteFoto: Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 05/06/2018 Reunião PDTLocal: Restaurante Fusion SudoesteFoto: Vinícius Santa Rosa/Metrópoles - Foto: Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

As principais lideranças do PDT estarão reunidas durante a sexta-feira (11/1) e o sábado (12/1), no Rio de Janeiro, com o objetivo de definir quais estratégias adotar para a formação do bloco de oposição ao governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). Um dos principais temas a serem discutidos nos dois dias do encontro é o comportamento dos trabalhistas na eleição para a Presidência do Senado Federal.

Depois de terem mantido conversas com as principais lideranças de partidos, como o PSDB, o PSB, a Rede e o próprio MDB, o PDT ainda tem dúvidas se terá condições de lançar um nome ao comando do Senado que congregue as legendas do campo progressista. Também avalia, como alternativa, se embarcará em uma candidatura já colocada, como a de Renan Calheiros (MDB), por exemplo.

Para o presidente do partido, Carlos Lupi (foto em destaque), há um leque de hipóteses a serem consideradas. “Temos que avaliar se teríamos condições de bancar uma candidatura alternativa, que reúna apoio dos partidos do campo de oposição, ou se será vantagem apoiar um nome já colocado”, disse Lupi ao Metrópoles.

O que é preciso deixar claro é que terá que ser um nome que congregue os outros partidos que estão conosco, como o PSB e a Rede

Carlos Lupi, presidente Nacional do PDT

A aposta de Lupi, nesse contexto, aponta para a senadora Kátia Abreu (PDT-TO). Para ele, a parlamentar teria requisitos decisivos na disputa ao cargo. “Ela tem experiência e passagens importantes pelo centro e pelo campo de esquerda”, disse Lupi, lembrando que a senadora, que tem origem na bancada ruralista, teve uma atuação bastante forte contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), posição que poderia, inclusive, atrair votos de senadores petistas.

Kátia Abreu, por sua vez, vem tecendo elogios ao senador Renan Calheiros (MDB-AL), por quem tem simpatia.

Um apoio explícito à candidatura do alagoano, no entanto, dependeria de seus posicionamentos em relação ao novo governo. “Se ele [Renan] sinalizar uma postura mais adesista, aí não tem como a gente caminhar com ele. Se mantiver a posição mais independente, poderia ter nosso apoio”, explicou Lupi.

Tucano na mira
Soma-se a essas hipóteses, a possibilidade de um apoio pedetista ao senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que tem sido defendido pelo senador eleito Cid Gomes (PDT-CE). Tasso já foi agraciado, mais de uma vez, por comentários elogiosos feitos pelo irmão de Cid, o ex-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT-CE).

Cid e Ciro chegaram a conversar com o tucano e deverão apresentar o resultado da aproximação na reunião com o partido.

Durante a posse do governador reeleito do Ceará, Camilo Santana (PT), Ciro foi explícito ao defender o nome de Tasso. “É bom para o Senado, para o Brasil e para o Ceará”, disse o ex-presidenciável sobre o tucano.

Tasso e Ciro foram aliados, chegaram a se afastar em 2010, quando houve uma adesão mais forte dos irmãos Gomes ao governo petista. No entanto, a dupla tem se reaproximado nos últimos meses.

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