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“Padilha é o que país tem de melhor na articulação política”, diz Lula

Nesta semana, Lula criticou publicamente a articulação política do governo federal durante o almoço do recriado conselhão

atualizado

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Divulgação/Ricardo Stuckert
O presidente Lula conversa com seu ministro da Casa Civil, Alexandre Padilha, ambos sentados em uma mesa no Planalto. Ao fundo, a bandeira do Brasil - Metrópoles
1 de 1 O presidente Lula conversa com seu ministro da Casa Civil, Alexandre Padilha, ambos sentados em uma mesa no Planalto. Ao fundo, a bandeira do Brasil - Metrópoles - Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, durante uma coletiva de imprensa após a coroação do rei Charles III, neste sábado (6/5). Ele negou qualquer informação de que pretende tirar Padilha da pasta. “Não, em hipótese alguma”, disse. “Padilha é o que o país tem de melhor na articulação política. O fato de acertar ou errar, tem que pensar no que aconteceu”, acrescentou.

E continuou: “O que deputados estão se queixando? Que o governo tarda a atender reivindicações. Cara quer participar de ministério, é tecnicamente competente […] a coisa mais barata e eficaz é a gente cumprir o que promete”. E finalizou: “Digo aos ministros: ‘Tudo que você trata e não cumpre, fica mais caro depois’. É preciso que a gente seja eficaz. Se não pode cumprir, não prometa”.

Saiba mais: Sem base sólida no Congresso, governo Lula ainda depende do Centrão

“Despreocupado”

Padilha vem sendo alvo de críticas entre os parlamentares. Eles dizem a articulação do governo está “fraca” e que isso é problema para aprovar matérias difíceis, como o projeto de lei (PL) das Fake News. Entre seus críticos, está o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). 

Apesar das críticas à articulação política e das dificuldades de formar uma boa articulação no Parlamento brasileiro, Lula afirmou a jornalistas que não está preocupado com matérias que possam ser rejeitadas pelo Congresso.

“Sinceramente, não tenho nenhuma preocupação. O projeto do governo pode ser aprovado, remendado ou recusado. Se for recusado, o governo tem que discutir com o Congresso e apresentar de outra forma. Esse é um jogo democrático bom”, afirmou. “Não é o Congresso que precisa do presidente da República, mas o contrário. Por isso temos que ser diplomáticos, atender reivindicações”, completou.

Como noticiou o Metrópoles nesta semana, no almoço da reunião do recriado “conselhão”, composto por 246 membros da sociedade civil, Lula chegou a alfinetar Padilha publicamente.

“A grande novidade na composição desse conselho – e nisso quero reconhecer o trabalho extraordinário do ministro Alexandre Padilha… Espero que ele tenha, dentro do Congresso Nacional, a capacidade de organizar e de articular que ele teve no conselho. Aí vai facilitar muito a vida… É porque esse conselho está mais diverso e representativo”, disse Lula.

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