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Oposição promete novo “kit obstrução” para atrasar Previdência

Rodrigo Maia, presidente da Câmara, quer que o relatório a favor da constitucionalidade do projeto seja votado até esta quarta-feira (17)

atualizado

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Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
CCJ – governo e oposição
1 de 1 CCJ – governo e oposição - Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A briga entre oposição e governistas promete render nesta terça-feira (14/04/19) na Comissão da Constituição e Justiça. Ao voltar de viagem a São Paulo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tentou fazer com que a discussão sobre a reforma da Previdência se esgote, sem interrupção, para que o relatório a favor da constitucionalidade do projeto seja votado até esta quarta-feira (17/04/19).

Maia se comprometeu em cancelar a sessão ordinária desta terça-feira para não atrapalhar os trabalhos da CCJ. A partir de então, os líderes governistas deram início a uma operação para que deputados abram mão do direito de falar em plenário.

O líder do DEM na Câmara, Elmar Nascimento (BA), entrou na ação para ligar para os deputados do partido e alegou não haver quebra de acordo. “Quem quer falar objetivamente, o que fala em 10 minutos, fala em dois”, disse. “Sempre foi assim, quem é governo vota, quem é oposição fala”, alegou.

“O apelo é para que a gente consiga estender até a madrugada, se for possível, para que a gente consiga acelerar e amanhã, no mais tardar, votar o texto. Melhor que se vote logo e sinalize para o Brasil de que a Câmara está disposta a colaborar”, considerou.

Já a oposição argumenta quebra do acordo e promete um “kit obstrução” robusto para protelar a discussão sobre a proposta.

Já o líder do governo, Major Vitor Hugo (PSL-GO), que havia anunciado o acordo, informou que o PSol não havia aderido e, portanto, o combinado não tinha nenhum valor. “Eu mesmo liguei para vários parlamentares para abrirem mão do tempo de fala e tenho sentido um clima favorável para isso. O PSol não aderiu ao acordo e já que o partido não aderiu, não há isso”, respondeu.

Oposição
De acordo com os opositores, o combinado seria discutir até às 22 horas desta terça, retomar a discussão na quarta, no mesmo horário, e só votar a proposta na próxima semana. Os termos foram apresentados pelo líder do governo na segunda-feira (15/04/19). “Vocês ouviram ontem o líder do governo anunciar um acordo. Se a palavra dele não vale nada, nós vamos apresentar o maior kit de obstrução da história desta Câmara”, destacou o vice-líder do PT, José Guimarães (CE).

“O que é estarrecedor é o presidente da comissão operando politicamente para desistir de falar. Isso fica feio para o país, que quer debater, quer os argumentos. Aliás, quando a gente discute a constitucionalidade, eles não respondem, ficam fazendo leitura de texto elaborado pelos tecnocratas do Ministério da Fazenda”.

“Vamos exigir o cumprimento do acordo. Foi feito um acordo, na presença do presidente da CCJ, bancado por todos os líderes, sobretudo pelo líder do governo”, enfatizou Guimarães.

Já o líder do PSol na Câmara, o deputado Ivan Valente (SP) disse que apesar de não ter concordado com o combinado, o acordo foi fechado e deveria ser respeitado, o que exige agora uma nova estratégia da oposição. “Eles estão segurando todos da CCJ aqui em Brasília para votar a Previdência. O Rodrigo Maia já vai cancelar a sessão. Nunca acreditei nesse tipo de acordo. Eu estava certo”, disse.

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