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Omar Aziz bate boca com senador governista: “Você não entende ironia”

Tema da discussão entre os parlamentares foi o uso da plataforma TrateCov durante o colapso sanitário de Manaus (AM)

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
senador omar aziz CPI da covid no senado federal 1
1 de 1 senador omar aziz CPI da covid no senado federal 1 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), discutiu com senadores da base aliada do governo que integram o colegiado a respeito do uso do aplicativo TrateCov durante o colapso sanitário em Manaus (AM).

“Se esse aplicativo salva vidas, por que a senhora não devolveu? Mataram pessoas sem oxigênio na minha cidade. A senhora deixou de salvar vidas no meu estado”, indagou o senador amazonense à secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro. Ela presta depoimento à CPI da Covid.

A fala provocou reação do senador Marcos Rogério (DEM-RO). “Até ontem vossa excelência estava contra o aplicativo. Agora, mudou de ideia. Explique senador, está difícil até para o seu estado entender”, disse ao presidente.

Aziz rebateu a fala do governista: “Você não entende ironia não né, rapaz?”, disparou. “Presidente da CPI não é presidente para ser irônico”, interrompeu o senador Marco Rogério.

“Eu não enrolo ninguém, não fico tangenciando, eu falo a verdade e falo na cara, não sou enrola-enrola não. Aqui não é o presidente, aqui é o senador do meu estado, do Amazonas”, completou Omar Aziz.

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TrateCov

Tema central do bate-boca parlamentar, o aplicativo TrateCov foi desenvolvido pela secretaria de Mayra Pinheiro. A informação foi confirmada pela servidora no depoimento ao colegiado desta terça.

A plataforma gerou polêmica após indicar remédios sem eficácia comprovada para tratamento de pacientes da Covid-19.

Mayra explicou que a plataforma foi inspirada em outra já existente em São Paulo para diagnóstico da dengue — doença causada pelo mosquito Aedes Aegypti —, chamado “Sampa Dengue”.

Ela disse que a plataforma foi apresentada ao ex-ministro Eduardo Pazuello no dia 11 de janeiro em Manaus. A ferramenta, no entanto, não foi lançada pela pasta após ter sido invadida por uma pessoa. O caso é investigado.

Ao contrário do que Pazuello afirmou aos senadores, Mayra Pinheiro negou que o TrateCov foi hackeado. “Houve uma extração indevida de dados”, mas não foi feita nenhuma alteração na plataforma.

O general afirmou, na ocasião, que o programa teria sim sido hackeado. “Foi descoberto, ele pegou esse diagnóstico, alterou com dados lá dentro e colocou na rede pública. Ele foi hackeado, quando nós descobrimos, mandei tirar do ar imediatamente”.

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