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“O Brasil não tem preço”, diz Bolsonaro sobre dinheiro do G7

O presidente brasileiro recusou ajuda de 20 milhões de euros para combater os incêndios na Amazônia

atualizado

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JP Rodrigues/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro fala na saída do Palácio da Alvorada
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro fala na saída do Palácio da Alvorada - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

Ao comentar a recusa de recursos oferecidos por países do G7 na ordem de 20 milhões de euros — cerca de R$ 91 milhões — para combate a incêndios na Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que o “Brasil não tem preço” e que “20 milhões ou 20 trilhões são a mesma coisa”. A declaração foi feita no Palácio da Alvorada, após reunião com o presidente do Chile, Sebastián Piñera, nesta quarta-feira (28/08/2019).

“Parece que 20 milhões de euros é o nosso preço. O Brasil não tem preço, 20 milhões ou 20 trilhões são a mesma coisa para nós. Qualquer ajuda, como disse o Piñera, de forma bilateral, podemos aceitar até porque no futuro poderemos também ajudar outro país que tenha um problema semelhante”, disse Bolsonaro.

O presidente brasileiro ratificou a condição para receber ajuda dos países ricos. Bolsonaro exige do presidente da França, Emmanuel Macron, um pedido de desculpas por tê-lo chamado de mentiroso e por ter, segundo o chefe do Executivo brasileiro, ofendido a soberania brasileira sobre a floresta ao propor uma “internacionalização” da Amazônia.

“No tocante ao governo francês, o fato de me chamar de mentiroso e de por duas vezes falar que a soberania da Amazônia tem que ser relativizada, somente após ele se retratar do que falou no tocante a minha pessoa, que representa o país como presidente eleito, sem problema nenhum, voltamos a conversar”, sinalizou o presidente.

Piñera, por sua vez, evitou polemizar a respeito da recusa dos recursos por parte do governo brasileiro. “Cada país saberá qual colaboração quer receber e qual não quer receber”, disse o chileno.

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