Nova presidente da Caixa repudia anestesista: “Não vamos tolerar mais”
Daniella Marques assumiu o comando do banco público após denúncias de assédio sexual de Pedro Guimarães
atualizado
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A nova presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, repudiou a violência sexual cometida pelo anestesista Giovanni Quintella, que foi flagrado estuprando uma grávida durante o parto.
Daniella assumiu o comando do banco público no início de julho, em substituição a Pedro Guimarães, acusado de assédio sexual. A troca ocorreu após o colunista Rodrigo Rangel, do Metrópoles revelar denúncias de servidoras da Caixa sobre o ex-presidente.
“Não vamos tolerar mais nenhum tipo de violência contra mulheres”, escreveu Daniella ao comentar o episódio do médico.
Veja:
A violência contra qualquer pessoa é inadmissível. O caso de ontem, em que uma mulher grávida foi violentada de forma tão cruel por um profissional de saúde que deveria oferecer cuidado, acende mais um alerta. Não vamos tolerar mais nenhum tipo de violência contra mulheres.
— Daniella Marques (@soudanimarques) July 12, 2022
Iremos não só disponibilizar para as mulheres informações e um espaço de acolhimento, mas falar sobre #empreendedorismo, #educaçãofinanceira e #negócios, para que todos possam alcançar sua independência financeira.
— Daniella Marques (@soudanimarques) July 12, 2022
O nome de Daniella foi patrocinado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de quem é próxima e com quem já trabalhou tanto no mercado financeiro quanto no governo. Ao tomar posse na Caixa, ela anunciou a criação de um canal exclusivo para atender mulheres vítimas de assédio.
Entenda
O anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, foi denunciado por funcionárias do Hospital da Mulher, de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, na madrugada de segunda-feira (11/7).
As funcionárias filmaram o homem colocando o pênis na boca de uma mulher que havia acabado de fazer um parto cesariana. O crime dura cerca de 10 minutos e, ao final, o médico pega um papel para limpar a boca da vítima. Ele foi preso na madrugada desta segunda-feira (11/7).
No domingo (10/7), Giovanni estava na terceira cirurgia com a mesma equipe quando foi flagrado pela equipe de enfermagem, que armou o flagrante.
A equipe mudou a sala de cirurgia para que o parto acontecesse no local onde o celular estaria gravando, dentro de um armário com vidro escuro, na posição onde o anestesista ficaria.
Há cerca de um mês a equipe de enfermagem já tinha notado atitudes fora do padrão de Giovanni. Uma delas era tentar dificultar a visão dos outros médicos durante a cirurgia, com um pano. A sedação em excesso e a movimentação suspeita durante a cirurgia também levaram colegas de trabalho a desconfiar do profissional.
Na tarde desta terça-feira (12/7), Giovanni Quintella irá passar pela audiência de custódia no presídio de Benfica.