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No plenário, Arthur Lira dá bronca em Sóstenes Cavalcante

Após decisão pelo adiamento da votação do PL das Fake News, postura de Sóstenes Cavalcante incomodou Arthur Lira, presidente da Câmara

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Igor Estrela/Metrópoles
Arthur Lira
1 de 1 Arthur Lira - Foto: Igor Estrela/Metrópoles

A postura de Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) após a retirada de pauta do PL das Fake News, na noite desta terça-feira (2/5), colocou o parlamentar carioca em atrito com Arthur Lira (PP-AL). A oposição, acreditando numa derrota do projeto, queria votar o texto, mas cedeu diante do posicionamento do presidente da Câmara dos Deputados.

Sóstenes foi à tribuna e discursou duramente contra o PL das Fake News, como é chamado o Projeto de Lei 2.630. O deputado evangélico pediu a atenção de Lira nominalmente e, depois, cobrou “respeito ao PL”, o maior partido da Câmara, sendo aplaudido pelos pares. Ele chegou a afirmar que o presidente da Câmara só conseguiu a votação histórica para recondução ao cargo por ser “um homem de entendimento e palavra”.

Sóstenes disse não ter sido solicitado por colegas a falar, mas recordou as discussões ocorridas na última semana na Câmara. Ele reclamou sobre o tratamento de Lira a Altineu Cortês (RJ), líder do PL na Câmara. O deputado reclamou que Lira acusou seu correligionário de descumprir acordos, no episódio envolvendo a votação da urgência do PL das Fake News.

“Isso não foi correto, deixou nossa bancada triste, e somos solidários. Vimos vossa excelência cassar a palavra do líder da frente evangélica. Hoje não se votou o PL das Fake News porque o deputado Eli Borges passou o final de semana em Brasília ligando para deputados. Se colocasse para votar hoje, esse projeto seria derrotado! Essas não são as características de vossa excelência”, disse. Colegas do PL aplaudiram e gritaram “liberdade!”.

Na sequência, Arthur Lira pediu a atenção de Sóstenes e disse ser difícil se colocar entre os interesses de todos os deputados. “Mas na sua fala, ninguém lhe esculhambou. Mas você aplaudiu um companheiro que vaiava um colega que usava o tempo de liderança pra discursar”, iniciou o presidente da Câmara.

Sóstenes negou e tentou iniciar uma discussão, mesmo sem ter o microfone em mãos, mas Lira disse ter visto sua ação. “Se você não me permite [falar] a gente encerra a discussão e eu lhe respondo no privado”, completou. Neste momento, colegas encerraram discussões paralelas e olharam para o presidente da Casa Baixa.

“Eu permiti que você falasse o que falou, e eu sabia que ia falar porque vieram me avisar, pelo tratamento que tenho pelo senhor”, disse Lira. O parlamentar disse que Sóstenes, por ser membro da mesa diretora, não poderia usar o tempo do PL para discursar.

“Vocês não podem me aplaudir quando cumpro o regimento e instalo a CPI do MST e pauto o Marco Temporal. Também não posso ser criticado quando defendo que essa casa de posicione, independente do mérito, a respeito de um problema que afeta mais os senhores que a oposição. Quais deputados ainda estão com as redes suspensas? Otoni ainda está, pela falta de legislação. (…) Desça o cacete nas ideias, mas vamos parar com esses achincalhos de parte a parte”, completou.

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