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Na ONU, Dilma diz que sociedade impedirá retrocessos na democracia

A presidente discursou durante 5min40 na sede das Nações Unidas, em Nova York

atualizado

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Globo News/Reprodução
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1 de 1 Dilma-na-Onu - Foto: Globo News/Reprodução

Ao contrário do que era esperado, a presidente Dilma Rousseff não mencionou diretamente o processo de impeachment durante a cerimônia realizada nesta sexta-feira (22/4) na Organização das Nações Unidas, em Nova York. No entanto, no fim do discurso ela afirmou que o Brasil passa por um momento delicado e agradeceu os líderes que demonstraram solidariedade. “O Brasil é um grande país, com uma sociedade que soube vencer o autoritarismo e construir uma pujante democracia. A sociedade saberá impedir quaisquer retrocesso”, concluiu.

A declaração foi realizada durante a cerimônia de assinatura do acordo de mudanças climáticas (Acordo de Paris) nos Estados Unidos. Dilma falou durante 5min40seg e afirmou que todas fontes renováveis de energia terão participação ampliada na matriz energética do país. “Tenho orgulho do trabalho desenvolvido pelo meu governo e pelo meu país para que coletivamente chegássemos a esse acordo. Nosso desafio é restaurar 12 milhões de hectares de florestas”, afirmou. “Sem a redução da pobreza e desigualdade, não será possível vencer o combate à mudança do clima”, completou.

Clima
Dilma começou seu discurso falando de clima e dedicou a maior parte da declaração ao tema. O Acordo de Paris representou um marco histórico, disse ela logo no início de seu discurso. “Hoje, assumo o compromisso da pronta entrada do acordo em vigor O caminho que temos que percorrer a partir de agora será ainda mais desafiador”, afirmou Dilma.

A presidente destacou que a economia precisa ficar menos dependente de combustíveis fósseis. O Brasil, disse ela, tem apresentado resultados expressivos nas reduções das emissões e se comprometeu com metas ambiciosas. “É fundamental ampliar o financiamento do combate à mudança do clima para além dos US$ 100 bilhões atuais.” É necessário ainda, disse Dilma, que o setor privado também participe do esforço.

“É apenas o começo, a parte mais fácil. Meu país está determinado a tomar ações de mitigação (do aquecimento global)”, disse Dilma, citando a contribuição brasileira de redução em 37% dos gases que causa o efeito estufa até 2025. “Alcançaremos desmatamento zero na Amazônia”, disse ela.

Todas as fontes renováveis de energia terão participação ampliada na matriz energética do Brasil, afirmou Dilma. “Meu governo traçou metas ambiciosas e ousadas e sabe os riscos associados.” É preciso tomar medidas corretas para a contenção do aquecimento global, reduzindo também a pobreza e a desigualdade. “O conceito de desenvolvimento sustentável precisa ser referência permanente”, disse Dilma.

Cerimônia
Antes do início dos discursos, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, disse que cada chefe de Estado teria três minutos para falar e ressaltou que o tempo seria controlado “estritamente”.

A cerimônia começou às 8h37 (9h37, horário de Brasília) com a execução de um trecho das Quatro Estações de Vivaldi. O primeiro a discursar foi o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon. “Estamos em uma corrida contra o clima”, afirmou. Ban conclamou os países a ratificarem o tratado imediatamente, para que ele possa entrar em vigor. “Temos que aumentar os esforços para descarbonizar nossas economias.”

Pelo menos 165 países enviaram representantes à cerimônia de assinatura do Acordo de Paris, que baterá o recorde de adesões a um tratado internacional em um mesmo dia da história da ONU. Os governos terão agora que ratificar a convenção.

O documento entrará em vigor 30 dias depois que pelo menos 55 países derem esse passo. O grupo deve representar pelo menos 55% das emissões globais de gases que provocam efeito estufa. O recorde anterior de adesões em um mesmo dia era da Convenção sobre o Mar, assinado por 119 países em 1982.

O acordo sobre mudança climática foi aprovado em dezembro por líderes de 195 países reunidos em Paris. O documento estabelece ações para limitar a elevação da temperatura global a 2ºC em relação ao patamar registrada na era pré-industrial. Com informações da Agência Estado

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