O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) não quis relacionar o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda a um crime de ódio ou de cunho político. O homem estava completando 50 anos e comemorava a data em uma festa com a temática do Partido dos Trabalhadores (PT), quando um homem invadiu o local e o matou.
“Olha, é um evento lamentável que ocorre todo final de semana em todas as cidades do Brasil, de gente que provavelmente bebe e aí extravasa as coisas. Todos [eram] da área policial, ali. Um era guarda municipal e outro era agente penal. Vejo de uma forma lamentável isso aí”, disse Mourão.

O guarda municipal Marcelo Arruda era filiado ao PT e apoiador de LulaReprodução/redes sociais

A festa tinha poucos convidados — cerca de 40 pessoasReprodução/Arquivo pessoal

Eles também vão cobrar uma posição da PGR em relação ao assassinato do petista por um policial bolsonaristaReprodução/Arquivo pessoal

A festa tinha poucos convidados — cerca de 40 pessoasReprodução/Arquivo pessoal

Segundo relatos, o policial penal teria entrado na festa gritando "mito"Reprodução/redes sociais

Jorge José da Rocha Guaranho gritou "aqui é Bolsonaro", quando chegou atirando em festa, diz testemunhasReprodução/Redes sociais

José Jorge Guaranho é apoiador de BolsonaroReprodução/redes sociais
Questionado sobre as circunstâncias do crime, que podem envolver convicções políticas, Mourão disse que não faria “exploração” sobre o caso.
“Não é preocupante isso, não! Não queira fazer exploração política disso aí. Vou repetir o que eu estou dizendo e nós vamos fechar esse caixão, tá? Pra mim, é um evento desses lamentáveis que ocorre todo final de semana nas nossas cidades, de gente que briga e termina indo para o caminho de um matar o outro”, ressaltou o general.
Para ele, não dá para fazer uma ligação do fato ao presidente Jair Bolsonaro (PL) ou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Não vou elencar dessa forma e não tenho elementos para isso”, reforçou.
Entenda
O guarda municipal Marcelo Arruda, candidato a vice-prefeito nas últimas eleições, foi assassinado a tiros durante sua festa de aniversário de 50 anos, ocorrida na noite de sábado (9/7), em Foz do Iguaçu (PR). A festa tinha como tema o PT e fazia várias referências ao ex-presidente e pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva.
Inicialmente, a Polícia Civil informou que o atirador, o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, tinha morrido após Marcelo revidar. Contudo, às 16h40, em coletiva de imprensa, a delegada Iane Cardoso informou que a polícia errou: o agressor estava vivo e foi levado ao hospital. Até a última atualização desta reportagem, ele estava internado.
Segundo relatos, por volta das 23h, Jorge Guaranho, que se declara apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), invadiu a festa e atirou em Marcelo, que revidou. A confraternização era promovida na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física Itaipu (Aresfi). A festa tinha poucos convidados — cerca de 40 pessoas.
Relatos ainda apontam que o policial penal entrou na festa gritando o nome de Bolsonaro e “mito”. Houve uma rápida discussão, e o homem chegou a sacar a arma e ameaçou a todos. Logo depois, ele saiu, dizendo que voltaria para matar todo mundo”. Minutos depois, o agente penitenciário chegou atirando no guarda municipal.
Segundo relatos, por volta das 23h, um agente penitenciário federal invadiu a festa, disparando contra o aniversariante. A confraternização era promovida na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física Itaipu (Aresfi). A festa tinha poucos convidados — cerca de 40 pessoas. pic.twitter.com/pzJ2J9qq1w
— Metrópoles (@Metropoles) July 10, 2022
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