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Moro diz que convite de Bolsonaro será objeto de discussão e reflexão

Em entrevista, presidente eleito afirmou querer o juiz de direito no STF ou como ministro da Justiça de seu governo

atualizado

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GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO
Sérgio Moro
1 de 1 Sérgio Moro - Foto: GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO

O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, divulgou, na tarde desta terça-feira (30/10), uma nota comentando a entrevista do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) à RecordTV. Moro disse que, caso seja confirmado formalmente seu nome para uma vaga ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou para comandar o Ministério da Justiça, irá “refletir” sobre o caso.

“Sobre a menção pública pelo Sr. Presidente eleito ao meu nome para compor o STF quando houver vaga ou para ser indicado para ministro da Justiça em sua gestão, apenas tenho a dizer publicamente que fico honrado com a lembrança. Caso efetivado oportunamente o convite, será objeto de ponderada discussão e reflexão”, afirmou o magistrado.

A escolha para comandar o Ministério da Justiça traria o juiz federal para Brasília antes, já que a primeira vaga na Suprema Corte será aberta em 2020, quando o ministro Celso de Mello completará 75 anos. Moro é responsável pelos processos da operação Lava Jato em primeira instância.

“Poderia parecer oportunismo”
Nesta segunda-feira (29), em sua primeira entrevista após ser eleito para comandar o Brasil, Bolsonaro elogiou Moro. “Agora que passou o período eleitoral eu posso falar. Poderia parecer oportunismo. Eu pretendo indicá-lo sim. Não só para o Supremo, mas também para o Ministério da Justiça. Ele seria de extrema importância para um governo como esse”, declarou Bolsonaro.

Sérgio Moro já havia parabenizado o presidente eleito pela vitória no segundo turno da disputa presidencial. Em nota, o magistrado desejou “um bom governo”.  O triunfo de Bolsonaro foi comemorado por Rosangela Moro, esposa do juiz federal. No Instagram, ela publicou um vídeo em que a estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, faz um “dap” e sinaliza para o número 17, o código eleitoral de Bolsonaro nas urnas.

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