metropoles.com

Ministros Pansera e Marcelo Castro reforçam apoio do PMDB a Dilma

Ambos afirmaram publicamente que a saída do partido da base governista neste momento seria um erro

atualizado

Compartilhar notícia

Agência Brasil/Divulgação
marcelo castro
1 de 1 marcelo castro - Foto: Agência Brasil/Divulgação

Dois dos sete ministros do PMDB no governo, Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), rechaçaram a ideia do partido desembarcar do governo e, ao menos publicamente, reforçaram o apoio a presidente Dilma Rousseff e afirmaram que seria um erro a saída do governo neste momento de crise.

“Seria uma grande irresponsabilidade você ter ministros da importância como ministério da Saúde, Minas e Energia, Agricultura, num momento de crise tão aguda como essa, a gente esvaziar os ministérios”, disse Pansera, que ressaltou que essa era uma opinião dele e não do partido. “Aí eu pergunto: e os mais de 1.000 cargos que o PMDB exerce no governo hoje. Como é que farão? Irão esvaziar também? Irão levar o debate político ao extremo de paralisar o País ou vamos agir com responsabilidade diante de um momento tão duro que o País passa?”, questionou.

Castro disse que pensava “100% igual ao Celso Pansera” e destacou que o presidente da República não é eleito pelos parlamentares. “Ele é eleito diretamente pelo povo brasileiro”, disse. “O mandato dela é dado diretamente pelo povo brasileiro, que tem dia e hora de começar, dia e hora de terminar”, completou, ressaltando que o impeachment em curso na Câmara é equivocado já que no caso da presidente Dilma não existe “nem sombra de crime de responsabilidade”.

O ministro da Saúde afirmou ainda que o PMDB é um partido grande com diferentes correntes que têm que ser respeitadas. “O PMDB tem que ser entendido dessa maneira: é um partido que está dividido”, afirmou destacando que o mais importante agora é que a sigla garanta governabilidade. “É um partido da estabilidade política, é um partido da previsibilidade. O país está precisando do PMDB mais do que precisou em qualquer época. Então, não é a hora de se sair do governo”, afirmou. “Pelo contrário. É hora de um esforço maior para permanecer no governo e ajudar a governabilidade.”

Castro disse ainda que a ala oposicionista do partido é desde sempre contra a presidente e não vai mudar. “São grupos dentro do partido perfeitamente identificáveis, que são a favor do impeachment, contra o governo da presidenta Dilma. E são desde sempre. Esses não vão mudar de opinião, como nós também não vamos mudar de opinião.”

Apesar de defender que o partido não deve sair do governo, Pansera e Castro não disseram qual posição tomarão caso a decisão seja tomada na reunião da sigla do próxima dia 29. Pansera não quis comentar se acataria a decisão do partido de uma eventual saída, entretanto, disse que caso seja necessário “continuará defendendo” a presidente Dilma no Congresso. “Se for necessário defenderei também como deputado, significa que se for necessário voltarei para voltar contra o impeachment”, afirmou, ressaltando que não existe justificativa jurídica para o impeachment.

O ministro da Ciência e Tecnologia ressaltou que a estratégia do PMDB só será definida no dia 29 e disse acreditar que os ministros têm “uma posição unificada” de permanecer no governo. Além da Saúde e Ciência e Tecnologia, o PMDB tem a vice-presidência e o comando dos ministérios de Minas e Energia, Agricultura, Turismo e Portos.

Compartilhar notícia

Todos os direitos reservados

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?