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Ministros generais rebatem declaração de Barroso: “Sem fundamento”

Heleno disse que a acusação não procede e que as Forças Armadas ajudam na lisura do processo. General Ramos também criticou declaração

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
General Augusto Heleno cpi - Metrópoles
1 de 1 General Augusto Heleno cpi - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Os generais Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, e Luiz Eduardo Ramos, chefe da Secretaria-Geral da Presidência, saíram em defesa das Forças Armadas após a declaração do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Heleno afirmou que a fala de Barroso sobre Forças Armadas estarem sendo orientadas a atacar e desacreditar o processo eleitoral “não procede”. “É inconsistente e sem fundamento”, disse o general, acrescentando que os militares ajudam na “lisura do evento”.

Já Ramos disse que as Forças Armadas “estarão sempre vigilantes pelo bem do nosso povo, do nosso Brasil”.

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Durante palestra no Brazil Summit Europe, seminário promovido pela Universidade Hertie School, da Alemanha, Barroso afirmou que as “as Forças Armadas estão sendo orientadas para atacar o processo [eleitoral] e tentar desacreditá-lo.”.

O ministro, que é ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não citou quem estaria orientando as Forças Armadas contra o processo eleitoral. O presidente Jair Bolsonaro (PL), porém, já questionou reiteradas vezes a segurança das urnas eletrônicas.

Para Barroso, as Forças Armadas não irão sucumbir a esse movimento. “Tenho a firme expectativa de que as Forças Armadas não se deixem seduzir por esse esforço de jogá-las nesse universo indesejável para as instituições de Estado, que é o universo da fogueira das paixões políticas”, destacou.

Barroso rebateu qualquer suspeita de fraude no processo eleitoral. “Desde 1996 não tem nenhum episódio de fraude. Eleições totalmente limpas, seguras”, afirma.

O ministro afirmou que o Brasil é um dos países que passa pela ascensão do que chamou de “populismo autoritário” e defendeu o papel das Supremas Cortes. “Elas são obstáculo ao populismo autoritário”, frisou.

Em nota, o Ministério da Defesa disse que a fala de Barroso é “ofensa grave”. O órgão disse que “repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas, de que as Forças Armadas teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia”. A manifestação oficial é assinada pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

“Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro. Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições”, assinalou o general.

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