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MDB segue líder, mas perdeu 9% dos prefeitos desde 2000

PSDB, PSD e PP completam lista de maiores partidos do país. Levantamento do (M)dados mostra que vereadores emedebistas também são maioria

atualizado

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Flickr/ Prefeitura de Goiânia
Iris Rezendo, político goiano
1 de 1 Iris Rezendo, político goiano - Foto: Flickr/ Prefeitura de Goiânia

A depender do resultado das eleições deste ano, o MDB pode manter uma dianteira que ostenta desde 2000: é o partido com maior número de prefeitos e vereadores em todo o país. Apesar disso, levantamento do (M)dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles, mostrou que a legenda recuou tanto nas eleições para câmaras municipais quanto para prefeituras.

O auge do MDB foi em 2008, quando o partido elegeu 1.213 prefeitos. No pleito seguinte, houve uma redução de 211, para, depois, experimentar uma leve recuperação em 2016, quando levaram 1.046 prefeituras. Entre as 10 maiores cidades do país, contudo, a única comandada pelo MDB é Goiânia (GO), administrada por Iris Rezende (foto em destaque).

Para fazer o ranking, o (M)Dados considerou o partido pelo qual estes políticos foram eleitos – parte deles pode ter mudado de legenda ao longo dos últimos anos.

A dinâmica no quantitativo de vereadores é semelhante: em 2016, o MDB firmou-se líder absoluto, com 14.418 eleitos, seguido por PSDB (9.678), PP (9.188) e PSD (8.720). Completam a lista PDT (7.274), PSB (6.875), PR (5.648), PTB (5.530) e PT (5.386).

Também foi em 2008, quando ainda era aliado do PT e do governo do ex-presidente Lula, que o MDB fez o maior número de vereadores: naquele ano, 16.197 saíram vitoriosos pelo país.

Apesar de o MDB ter mantido a dianteira, o PSDB experimentou a maior alta nas últimas eleições: saiu de 694 prefeituras em 2012 para 804 em 2016. Na época, os tucanos tiveram papel central no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Também houve avanço para os tucanos no número de vereadores: os eleitos praticamente dobraram, saindo de 5.260 em 2.012 para 9.678 em 2016. Cabe dizer, contudo, que o quantitativo ainda ficou abaixo do recorde do partido, de 10.645, em 2008.

Por outro lado, quem teve a pior queda em 2016 foi o PT: saiu de 638 prefeituras em 2012 para 256. Na prática, saiu da 3ª colocação no ranking de partidos para a 10ª, perdendo 382 prefeituras.

Quanto aos vereadores, houve pequena recuperação após tendência de queda: em 2.008, o Partido dos Trabalhadores fizera 7.754 prefeitos, caiu para 5.185 em 2012 e subiu para 5.386 nas eleições passadas.

No ranking de prefeituras, aparecem em seguida ao MDB e ao PSDB o PSD (539), o PP (498), o PSB (409) e o PDT (333).

Fim das coligações
Recentemente, o Metrópoles ouviu especialistas sobre as perspectivas para as eleições de 2020 e a avaliação é de que partidos bem estruturados, com nomes conhecidos e diretórios constituídos em diversas cidades, têm mais condições de saírem bem do pleito.

O principal motivo é o fim das coligações proporcionais, que impede que legendas se unam em uma chapa só. Assim, quem tiver mais estrutura, dinheiro e capacidade de mobilizar a militância pode lançar mais nomes e angariar mais votos para elegê-los.

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