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Lula diz que não é refém de celular e pede volta das relações humanas

A edição do Conversa com o Presidente ocorreu na Argentina, onde Lula participa da cúpula de chefes de Estado do Mercosul

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Ricardo Stuckert/Presidência
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1 de 1 imagem colorida do presidente Lula sorrindo - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert/Presidência

Durante participação do programa semanal Conversa com o Presidente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, na manhã desta terça-feira (4/7), que se educou para não ficar viciado em celular e no consumo das novas tecnologias. A edição desta semana ocorreu na Argentina, onde Lula participa da cúpula de chefes de Estado do Mercosul.

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Na fala, o mandatário ainda declarou que não permite a entrada de celulares no gabinete presidencial, no Palácio do Planalto. Ele pede que as pessoas agendadas para audiências deixem o telefone na secretaria.

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“No meu gabinete, ninguém entra com o celular, porque ele marcou audiência com o presidente, e daqui a pouco o cara tá lá conversando no celular com o cara que ele não marcou audiência. Celular fica na portaria, e (em) nenhuma reunião eu permito celular”, contou Lula.

O chefe do Executivo também acrescentou que se “autoeducou” para não se tornar dependente de celular e que, durante os dias de trabalho, só consome conteúdos digitais a partir do horário em que começa a labuta, às 8h.

“Eu me autoeduquei para não me tornar um dependente digital. Eu não preciso saber de notícia às 5h. Eu levanto e vou trabalhar. Quando chego ao meu trabalho, às 8h, aí, vou querer saber das notícias. Se eu tiver de ligar pra alguém, eu ligo no horário de serviço. Quando eu saio de casa, às 8h, eu também não quero telefonema. Se não tiver algo muito grave, não precisa me ligar. ‘Ah, ô, Lula, vai sair uma matéria em tal jornal atacando você’… Que saia! Eu não vou perder meu sono por causa da matéria”, declarou o presidente.

Lula ponderou que é importante que as pessoas voltem a ter relações normais, com menos uso de celular durante as conversas. Para o petista, é importante ser seletivo com o que se vê, porque o cérebro humano, segundo ele, não consegue processar toda a informação exposta.

“A nossa cabeça tem um certo limite de processar a notícia que você sabe. Para que eu quero saber mais do que a minha cabeça tem condições de processar? Eu me eduquei, e não sou refém de celular. Eu tenho meu tempo, e o celular tem o dele. Quando eu quero ligar pra alguém eu peço para a minha equipe”, explicou.

“Antigamente, as pessoas coçavam a virilha. Hoje em dia, nem isso coça mais, porque fica com dois ou três celulares na mão. Isso é doença ou prepotência de achar que é muito importante. Nem todo mundo é tão importante assim. Sou daqueles que acham que a relação humana é coisa de pele, química e abraçar. […] Vamos humanizar a relação humana e voltar ao que era”, finalizou Lula.

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