metropoles.com

Lula atende Marina e veta parte do esvaziamento do Meio Ambiente

Presidente Lula também vetou mudanças na estrutura do GSI e no monitoramento de saneamento e edificações em territórios indígenas

atualizado

Compartilhar notícia

Ricardo Stuckert/PT
Marina Silva e Lula
1 de 1 Marina Silva e Lula - Foto: Ricardo Stuckert/PT

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, com vetos, a medida provisória que trata da reestruturação da Esplanada dos Ministérios. Entre os trechos vetados está a transferência da Política Nacional de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente para o Ministério de Integração e do Desenvolvimento Regional.

A MP que trata sobre a estrutura do governo foi aprovada pelo Congresso Nacional no mês passado, dias antes de perder a validade. A demora em analisar o texto foi um recado ao Palácio do Planalto para que o governo reavaliasse a articulação política com o Parlamento.

Medidas provisórias têm força de lei assim que publicadas no Diário Oficial da União (DOU), mas precisam ao aval do Congresso Nacional para se tornarem leis de forma definitiva. O Parlamento tem até 120 dias para analisar as medidas, caso contrário, perdem a validade e deixam de vigorar.

Editada por Lula em 1º de janeiro deste ano, a MP da Esplanada ampliou o número de ministérios de 23, do governo Jair Bolsonaro, para 37. O texto criou ministérios como o dos Povos Indígenas, além de reorganizar a estrutura das pastas do governo. Caso perdesse a validade, os ministérios criados por Lula deixariam de existir e passaria a valer o formato do governo anterior.

No caso da MP da Esplanada dos Ministérios, o texto foi alvo de intensa negociação entre governo e Congresso. As mudanças na estrutura do Ministério do Meio Ambiente geraram um mal-estar entre Marina Silva, que comanda a pasta, o governo e parlamentares.

Ao vetar a transferência dos recursos hídricos, o governo argumentou que “a gestão das águas é tema central e transversal da política ambiental, da qual a água constitui um dos recursos ambientais da Política Nacional do Meio Ambiente”.

Apesar do veto, o presidente manteve a transferência do Cadastro Ambiental Rural (CAR) do ministério de Marina Silva para o Ministério da Gestão e da Inovação.

O CAR é um registro público eletrônico, obrigatório para imóveis rurais. A finalidade do cadastro é integrar informações ambientais das propriedades rurais e formar base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e combate ao desmatamento.

Outros vetos

Além da transferência da Política Nacional de Recursos Hídricos para o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, o presidente Lula também vetou outros dois dispositivos, são eles:

  • Artigo que estabelecia que seria responsabilidade do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) coordenar as atividades de inteligência federal. O governo argumentou que haveria “conflito de competência”, uma vez que outra lei determina que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é o “órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência, responsável por planejar, executar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de inteligência”;
  • Dispositivo que determinava que o Ministério das Cidades seria o responsável pelo saneamento e edificações nos territórios indígenas. O argumento usado por Lula para vetar o trecho é que “contraria o interesse público”, pois inviabilizaria a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e “geraria impactos negativos diretos na saúde das populações indígenas”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?