metropoles.com

Kátia: a estratégia é colocar Dilma como “maluca e irresponsável”

“A presidente é acusada de falta de responsabilidade fiscal, mas o que praticamos é a farsa fiscal”, afirmou a senadora Katia Abreu, durante o processo de julgamento de Dilma no Senado

atualizado

Compartilhar notícia

Elza Fiuza/Agência Brasil
katia abreu
1 de 1 katia abreu - Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil

A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) disse nesta sexta-feira (26/8) que a estratégia dos acusadores da presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment é apresentá-la como “maluca e irresponsável”. “A presidente é acusada de falta de responsabilidade fiscal, mas o que praticamos é a farsa fiscal”, afirmou, durante o processo de julgamento de Dilma no Senado.

A senadora disse que foi o governo do presidente em exercício, Michel Temer, que conseguiu aprovar um déficit de R$ 170 bilhões, e não Dilma, que havia proposto um déficit de R$ 96 bilhões. “Até agora, tivemos um déficit de R$ 23,8 bilhões no primeiro semestre”, disse, em referência ao déficit do setor público consolidado divulgado pelo Banco Central (BC).

“Eles aprovaram um déficit de R$ 170 bilhões. Isso faz parte da estratégia do impeachment para colocá-la como maluca e irresponsável”, acrescentou. Ela ressaltou que, no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em junho, o déficit é de R$ 151 bilhões, também conforme o BC. “Isso porque a presidente pagou todo o passivo, que neste ano não se repetirá.”

A senadora lamentou a ausência de senadores da base do governo Temer no plenário do Senado no julgamento do impeachment. Eles deixaram o plenário e não ouvem o depoimento do economista Luiz Gonzaga Belluzzo.

O economista disse que a presidente afastada fez “despedaladas”, o que ele considerou um erro de política econômica. “Eu disse que ia dar o resultado que deu. Falei que o PIB iria cair 2,5%, mas errei, caiu 3,8% no ano passado”, afirmou.

Para Belluzzo, não houve operação de crédito entre o Tesouro e o Banco do Brasil no que diz respeito ao Plano Safra, mas sim subsídio. “Não há operação de crédito entre governo e banco público. Isso é operação orçamentária e fiscal, não operação de crédito”, afirmou. “É subsídio, está no orçamento e é feito há muitos anos. Isso é assim em todas as partes do mundo”, acrescentou o economista.

Segundo ele, os conflitos do Brasil com o exterior se dão em razão da política europeia e americana. “Nós sempre somos prejudicados porque o conjunto de subsídios é inferior ao que eles têm. Não se trata de uma operação de crédito.”

O economista disse esperar que, assim que o projeto que limita o crescimento dos gastos da União à inflação do ano anterior seja aprovado no Congresso, o Banco Central decida reduzir a taxa básica de juros. Belluzzo disse que a recessão econômica não foi causada pelas políticas do governo Dilma, mas pelas medidas adotadas após a reeleição da presidente.

“Naquele momento, houve um bombardeio na economia brasileira, e não era verdade. O desastre veio depois de implantado aquilo que os críticos consideravam verdadeiro e conveniente”, afirmou. “A queda das receitas em 2015 foi violentíssima, impressionante.”

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?