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Governo se esforça para obter 308 votos para reforma da Previdência

O Planalto tem flexibilizado metas sobre quando a proposta poderia ser aprovada e tentado convencer partidos

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Brasília (DF) 12/09/2015 – Congresso Nacional – Foto, Michael Melo/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF) 12/09/2015 – Congresso Nacional – Foto, Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Minutos após a vitória na votação da reforma trabalhista, deputados governistas já admitiam nos bastidores que o esforço necessário para conquistar os 308 votos para a reforma da Previdência poderá ser ainda maior que o imaginado inicialmente. Enquanto parte do governo trabalha com a possibilidade de que o tema poderia ser votado ainda em maio, há quem acene com a necessidade de prazo mais longo para conquistar apoio dos parlamentares.

O próprio líder do governo na Câmara reconhece que há muito o que fazer. Para Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), a votação desta quarta-feira (26/4) mostra que o governo tem obtido “apoio crescente”. “Agora passamos para a etapa de convencimento sobre a reforma da Previdência”, disse, ao comentar que o esforço passa a ser de “convencimento e explicação” sobre o tema.

“Foi uma grande vitória. Tivemos apoio de 296 deputados para alterar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o que mudará as relações trabalhistas”, disse Ribeiro. Questionado sobre eventual votação da reforma previdenciária em maio, ele disse que quer “votar o mais rápido possível”.

O discurso do governo tem mudado o foco para dar mais importância ao resultado da votação e colocar o tema “prazo” em segundo plano. O Planalto tem flexibilizado metas sobre quando a reforma poderia ser aprovada.

O ministro das Cidades, Bruno Araújo, exonerado temporariamente para voltar à Câmara e apoiar a reforma trabalhista, rejeita a avaliação de que o placar dessa votação tenha frustrado o governo. “O número foi muito próximo do necessário para a reforma da Previdência. Não há qualquer frustração.”

Sobre o esforço pela Previdência, Araújo citou que a estratégia do governo será de conversar e convencer “partidos, e não bancadas”.

Traição
Com exceção do DEM, em todas as bancadas da base aliada foram registradas traições ao governo durante a votação. O PP — do líder do governo, Aguinaldo Ribeiro (PB) — teve o maior número de votos contra o projeto (nove) e o PMDB, partido do presidente Michel Temer, registrou sete dissidentes.

Mas também houve o inverso: mesmo com a determinação da cúpula para votar contra a proposta, 14 dos 30 deputados do PSB que votaram se mantiveram fiéis ao governo. Tereza Cristina (MS), líder da bancada, seguiu a ordem do partido e orientou voto contra durante a apreciação do texto-base, mas votou a favor do projeto.

No PMDB, os deputados Celso Pansera (RJ), José Fogaça (RS) e Simone Morgado (PA) figuraram na lista dos que votaram contra. O PR também teve sete dissidentes, incluindo Tiririca (SP). No Solidariedade, que orientou voto contra, foram oito votos contra o governo, entre eles do líder Áureo (RJ) e do presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (SP).

O PSD e o PTN tiveram cinco traições; o PRB e o PTB quatro — contando o voto do dissidente Arnaldo Faria de Sá (SP) —; o PSC e o PV duas; e o PPS três — contabilizando o voto do líder da bancada, Arnaldo Jordy (PA). O PSDB teve um voto contra o projeto: de Geovânia de Sá (SC).

A oposição — PCdoB, PT, PDT, PMB, PSOL e Rede — votou fechada contra o texto-base. Partidos menores, como PROS, PEN, PHS, PSL e PTdoB tiveram votos contra e a favor do projeto.

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