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Governo já recuperou R$ 78 mi do auxílio emergencial, diz ministro da CGU

Wagner Rosário informou que valor se refere a fraudes identificadas pelo órgão. Segundo ele, haverá sanção administrativa e penal

atualizado

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O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, afirmou nesta terça-feira (14/7) que, até o momento, o governo federal recuperou R$ 78 milhões do auxílio emergencial, pagos de forma irregular a quem não tinha direito ao benefício.

“Nós já recuperamos até o momento R$ 78 milhões de 82 mil beneficiários. É pouco perto do valor que se foi, mas temos várias pessoas realizando a devolução”, disse, durante audiência de uma comissão mista do Congresso Nacional, responsável por acompanhar os gastos e ações federais no combate à pandemia do coronavírus.

O auxílio emergencial foi criado em abril e pensado para durar três meses, até junho junho, a fim de ajudar trabalhadores informais afetados pela crise econômica em decorrência da pandemia.

Antes de encaminhar a proposta ao Congresso, a equipe econômica do governo queria que o valor fosse de R$ 200 a cada mês. Após pressão dos parlamentares, foi definido o montante de R$ 600.

No mês passado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prorrogou o auxílio de R$ 600 por mais dois meses, mas o calendário das parcelas ainda não foi divulgado pelo governo.

Segundo Wagner Rosário, a CGU firmou uma parceria com estados e municípios para identificar quantos servidores públicos receberam o auxílio indevidamente. Foram identificados 229 mil funcionários públicos, o que representa 0,45% do total de pessoas beneficiadas.

De acordo com a Caixa Econômica Federal, até essa segunda-feira (13/7), mais de 65,2 milhões de pessoas receberam o auxílio emergencial. Foram creditados mais de R$ 121 bilhões, divididos em 173,5 milhões de pagamentos.

O ministro ainda disse que muitas dessas pessoas, além de militares, tiveram o CPF usado para receber o benefício de forma irregular. De acordo com ele, quem fraudou o auxílio vai sofrer sanções administrativas e penais.

“Iniciamos um trabalho de busca de bases de dados de folhas de pagamentos de servidores públicos estaduais e municipais, porque o governo federal não tem acesso a essas bases. Numa parceria com estados e municípios, cruzamos e identificamos mais de 299 mil servidores públicos recebendo recursos do auxílio emergencial”, afirmou.

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