metropoles.com

Franklin Martins assume redes de Lula com vistas à campanha de 2022

Há duas semanas, o jornalista e ex-ministro está à frente da comunicação do ex-presidente, que será candidato pelo PT ao Planalto

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/Redes Sociais
Franklin Martins
1 de 1 Franklin Martins - Foto: Reprodução/Redes Sociais

De olho na campanha para 2022 à Presidência da República, a comunicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já deu início a estruturação da esquipe: acaba de ganhar o reforço do jornalista Franklin Martins, ex-ministro da Secretaria de Comunicação do Planalto, no primeiro mandato de Lula.

Franklin, que sempre manteve relações estreitas com o ex-presidente, passou a coordenar toda a comunicação nas redes de Lula há duas semanas.

Na semana passada, esteve em Brasília, onde, segundo petistas, acertou os ponteiros com Jilmar Tatto, que continua à frente das redes do PT. Segundo petistas, ficaram para trás rumores de desentendimentos entre as duas equipes.

Petistas apontam que, neste momento, o trabalho é de pré-campanha. “Claro que isso tem que ser feito em conjunto com o partido. Não dá para imaginar o trabalho da comunicação de Lula dissociada do PT”, disse um dos dirigentes do partido ao Metrópoles.

Militante de esquerda na luta contra a ditadura, Franklin Martins foi líder estudantil e membro da organização Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). Participou de um dos episódios mais marcantes da resistência à ditadura, o sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, em setembro de 1969, com o objetivo de forçar a libertação de 15 presos políticos. A ação foi realizada em conjunto com a Aliança Libertadora Nacional (ALN).

Foi preso pela ditadura entre outubro e dezembro de 1968, quando era presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRJ.

Muda Mais

O jornalista foi responsável por uma das primeiras iniciativas em rede no campo da esquerda, o site Muda Mais, que funcionou durante a campanha de Dilma Rousseff à reeleição, paralelamente ao site oficial registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Dilma.br.

Na época, a publicação, foi acusada por opositores de municiar a militância digital com conteúdos contra adversários políticos da ex-presidente.

O PT entendeu que marcar desde agora presença forte nas redes sociais será fundamental para a campanha. O partido entende que o peso das redes hoje é muito maior do que em campanhas passadas.

Desde março deste ano, o ex-presidente é o político com maior notoriedade digital no Brasil, tendo superado o presidente Jair Bolsonaro no ranking de popularidade digital de pré-candidatos.

Novos baianos

Ainda não está definido quem será responsável pelo marketing da campanha.

Dois ex-marqueteiros de campanhas petistas estão fora de cogitação: João Santana, que já fechou com o futuro candidato do PDT, Ciro Gomes (CE), e que foi delator nos processos da Lava Jato, e Duda Mendonça, responsável pela campanha que levou Lula ao poder em 2003 e que chegou a ser réu nos processos do chamado mensalão. Mendonça, posteriormente, foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

No radar do PT está outro nome baiano, embora não tenha nada fechado: Raul Rabelo, que conduziu, por exemplo, a publicidade do partido em seu aniversário de 40 anos.

0

 

Compartilhar notícia