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“Fiquei lisonjeada”, diz Damares sobre citação de Celso de Mello

Decano do STF citou a frase: Meninos vestem azul e meninas veste rosa”, dita pela ministra para exemplificar a discriminação de homossexuais

atualizado

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1 de 1 damares senado - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse que se sentiu lisonjeada por ter sido citada no voto do ministro Celso de Mello, relator no Supremo Tribunal Federal (STF) da ação que pede a criminalização da homofobia. Na ocasião, ele criticou a fala sobre “meninos vestem azul e meninas vestem rosa”.

“Fiquei lisonjeada ao saber que tem um ministro que me acompanha”, disse a ministra, ao deixar a Comissão de Direitos Humanos do Senado, onde passou a manhã desta quinta-feira (21/2) para falar sobre as propostas da pasta comandada por ela para os próximos quatro anos.

Damares, no entanto, não expôs opinião sobre a criminalização da homofobia ou a equiparação da discriminação contra gays ao crime de racismo, em julgamento na Corte.

No voto, o relator do caso, Celso de Mello, citou pensamentos de grupos fundamentalistas e religiosos em nome do chamado “combate à ideologia de gênero”, mas que podem provocar discriminação e estimular a violência contra gays, lésbicas, bissexuais e transsexuais.

Questionada por jornalistas, Damares também preferiu não comentar a indenização de R$ 10 mil que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), terá de pagar à deputada Maria do Rosário. “Eu gostaria de não falar sobre esse assunto”, disse.

Diferentemente de outras ocasiões em que a ministra se envolveu em polêmicas, Damares adotou um discurso mais conciliador. Ela defendeu que democracia é “alternância de poder” e agora é o momento de mostrar o que “a direita” tem a fazer pelos direitos humanos.

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