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Em evento com agro, Bolsonaro chama Lula de “malandro” e “sem caráter”

Presidente participou do Encontro Nacional do Agro, em Brasília (DF), organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar, nesta quarta-feira (10/8), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele chamou o petista de “malandro” e “sem caráter” por uma proposta presente no programa de governo, apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de regular a produção agrícola.

“A proposta de regulação da produção agrícola o cara já retirou do programa de governo dele. Malandro, como sempre, sem caráter. Um bêbado que quer dirigir o Brasil”, disse em discurso no Encontro Nacional do Agro, em Brasília (DF), organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O trecho citado por Bolsonaro consta no programa de governo protocolado pelo PT na Justiça Eleitoral e, oficialmente, não foi retirado do documento.

O texto do PT também foi duramente criticado por outras autoridades presentes, como o ministro da Agricultura, Marcos Montes. “Será que essa regulação da política agrícola é politizar de novo a Embrapa? Será que é colocar insegurança na vida das pessoas?”, questionou o ministro.

Carta em Defesa da Democracia

Bolsonaro também voltou a fazer referência jocosa à carta “Em Defesa da Democracia e da Justiça”, a qual chamou de “cartinha”.

“Vimos agora há pouco uma cartinha em defesa da democracia. Olha quem assinou a carta. O último que assinou é um cara que vive de amores e beijos – ou vivia, porque alguns já morreram – como, por exemplo, Fidel Castro, Chavez, Maduro, Lugo, Kirchner, Evo Morales, entre outros. Em época de campanha, o pessoal vira bonzinho”, disse Bolsonaro.

O documento, organizado por juristas e pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP), está próximo de bater um milhão de assinaturas em apoio. O manifesto foi elaborado com o intuito de defender a democracia e as urnas eletrônicas, constantemente atacadas pelo presidente. Ele será lido em evento na capital paulista nesta quinta-feira (11/8).

Enagro

O evento da CNA teve tons bolsonaristas e defendeu diversas propostas do presidente e candidato à reeleição, algumas sem relação direta com o agronegócio, como a revisão do conteúdo dos livros didáticos da escola. Bolsonaro foi ovacionado pela plateia com gritos de “mito” e “primeiro turno”.

Estavam presentes o candidato a vice de Bolsonaro, general Braga Netto, o presidente da Petrobras, Caio Mário Paes de Andrade, e os ministros Joaquim Leite (Meio Ambiente), Anderson Torres (Justiça) e Augusto Heleno (GSI), além do almirante Flávio Rocha, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência.

Entre os parlamentares, estavam a ex-ministra da Agricultura e deputada federal Tereza Cristina (PP-MS), o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sergio Souza (MDB-PR), e o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

Em discurso de abertura, o presidente da CNA, João Martins da Silva Junior, disse que “não tem mais espaço nesse país para uma equipe corrupta e incompetente e muito menos o retorno de um candidato que foi processado e preso como ladrão”. Ele ainda defendeu a continuidade “do que estamos vendo hoje”, em sinalização pró-Bolsonaro.

“Vamos voltar para casa sabendo que está em nossas mãos o destino do nosso país, sabendo que vamos contribuir para modernizar este país e fazer dele um grande país”, concluiu o presidente da confederação.

No documento “O que esperamos dos próximos governantes”, a CNA defende o financiamento privado das campanhas eleitorais. Também foram defendidas outras reformas, como a tributária e a administrativa e uma modernização da política agrícola.

O diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, ainda defendeu a classificação das invasões de terra como “ato terrorista”.

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