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Dino sobre Bolsonaro: “É grave um presidente mentir para criar ódio”

O governador do Maranhão disse ainda que pretende recorrer ao STF, caso direito à vacinação seja “sabotado” pelo governo

atualizado

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Andre Borges/Esp. Metrópoles
Governador do Maranhão, Flávio Dino
1 de 1 Governador do Maranhão, Flávio Dino - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse que tem se desdobrado para conter uma onda de ódio nas redes sociais depois que o presidente Jair Bolsonaro afirmou que ele teria negado proteção da Polícia Militar a uma visita presidencial ao município maranhense de Balsas.

Segundo o governador, que acumula um histórico de querelas com o presidente desde que foi classificado como o “pior dos governadores ‘de paraíba'”, a história não passa de mais um factoide, de mais uma notícia inventada pelo presidente.

“Ele inventou esse factoide, essa fake news, provavelmente porque a agenda dele deu algum problema e ele quis jogar o cancelamento nas minhas costas. Não sei dizer a razão, mas é algo delirante, porque isso não aconteceu. Nem eles pediram, nem nós negamos”, disse o governador, em entrevista ao Metrópoles.

“Se foi desorganização dele, resolveu transferir culpa para mim, com essa agressividade habitual que ele tem, esse desrespeito habitual que ele tem”, disse Dino.

Na quinta-feira (22/10), o governador enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de investigação do presidente em relação a esse assunto.

“É grave um presidente da República mentir deliberadamente para criar ódio. Na verdade, ele quis criar uma esteira de ódio contra mim. De fato, seguidores mais fanáticos do presidente promoveram uma espécie de linchamento contra mim, quase como se eu fosse um homicida, como se eu quisesse que ele morresse, que eu tivesse negado a proteção para ele ser assassinado”, reclamou.

“Se o nível do Bolsonaro é esse, o meu é outro. Tenho honra, decoro e reputação para zelar. Eu nem sabia que esse cidadão iria a Balsa. Achei que era um factoide local, mas depois vi que era ele falando em entrevista. Realmente isso provocou minha indignação e minha atitude para que ele prove no STF. Ele precisa mostrar onde está o indeferimento. Cadê o documento que ele mandou para o governador pedindo segurança? Cadê o documento no qual o governador mandou negar?”, questionou.

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“Agora ele mudou. Depois que eu entrei com a interpelação no STF, ele disse que a ordem foi verbal. Ok, foi ordem verbal dada em que dia? A que horas? Para quem?”, questionou Flávio Dino.

“Sabotagem”

O governador disse ainda na entrevista que a principal preocupação no momento para os governantes deve ser garantir o acesso da população a uma vacina que funcione contra o coronavírus. Dino se disse disposto a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso haja “sabotagem” em relação a qualquer vacina com eficácia comprovada.

“A questão central é o direito à vacinação. Se esse direito for sabotado, vamos à Justiça”, disse o governador.

“Vamos imaginar que a vacina seja aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o Ministério da Saúde não queira colocar no Programa Nacional de Vacinação. Aí gera uma situação de negativa de um direito à população. Se houver uma negativa de um direito à população, é claro que os estados e Ministério Público devem procurar os caminhos, inclusive o Judiciário, para viabilizar o acesso”, explicou.

 

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