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Dilma vai comparar indicadores dos últimos anos com gestões anteriores

Segundo os oposicionistas, a presidente afastada deve aproveitar o momento fazer uma retrospectiva e mostrar indicadores de sua gestão, falar sobre a ideia de um plebiscito para convocar novas eleições e também declarar que está em curso um golpe parlamentar

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
A resistência ao golpe de 2016 – Brasília(DF), 30/05/2016
1 de 1 A resistência ao golpe de 2016 – Brasília(DF), 30/05/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Senadores da oposição estão reunidos no apartamento funcional de Lidice Da Mata (PSB-BA), na noite deste domingo (28/8), para afinar a estratégia que vão adotar no interrogatório da presidente afastada Dilma Rousseff. Antes das perguntas dos parlamentares, Dilma terá 30 minutos para fazer a sua defesa no plenário. Segundo os oposicionistas, a presidente afastada deve aproveitar o momento fazer uma retrospectiva e mostrar indicadores de sua gestão, falar sobre a ideia de um plebiscito para convocar novas eleições e também declarar que está em curso um golpe parlamentar. O tom deve ser mais político do que técnico.

Primeira senadora a chegar para a reunião, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) afirmou que estão no radar da oposição 13 senadores que poderiam mudar de ideia e apoiar Dilma. O senador Paulo Paim (PT-RS) admitiu que os aliados da presidente estão dialogando com pelo menos oito indecisos. “Se têm oito senadores indecisos, é natural que os dois lados estejam trabalhando com eles. Acreditamos que ainda é possível reverter votos”, comentou.

Para Lindbergh Farias (PT-RJ), a fala de Dilma será “contundente” e vai representar “o ponto da virada” no processo. Ele acredita que o discurso terá forte impacto na sociedade, o que deve repercutir no Senado. “A sessão de amanhã vai ser muito tensa, é um momento muito dramático para o Brasil(…) Amanhã as pessoas vão entender a Dilma como vítima de um golpe político.”

O senador considera que bastariam seis votos de indecisos para Dilma reverter a situação e convencer ainda mais parlamentares a votarem contra o impeachment. “Se têm seis, a turma vai, caso contrário é difícil”, disse. Lidice da Mata afirmou que tem muita esperança de reverter esses votos. “Será a extraordinária a presença de Dilma. Muitos acharam que ela não viria, mas ela demonstrará coragem até o último momento para enfrentar as dificuldades e a trama que se colocou contra ela”, disse a senadora.

Segundo Paim, Dilma vai mostrar indicadores dos últimos 13 anos em que os petistas estiveram no poder e compará-los com gestões anteriores. “Eles (governistas) sempre falam que o PT quebrou o País, vamos mostrar o contrário.” Paim afirmou que cedeu a sua vaga de primeiro inscrito do dia para a senadora Katia Abreu porque, entre outras coisas, ela vai falar sobre os avanços do governo Dilma na área da agricultura, pasta que já foi comandada pela senadora. Para Lindbergh Farias, a escolha da senadora é simbólica não só pelo fato de ela ser ex-ministra da presidente, como também por ser mulher.

Os senadores também estão dialogando com aliados de Temer para inverter a ordem dos discursos e intercalar a fala de quem é contra e a favor do impeachment. Segundo Vanessa, os parlamentares ainda estão negociando para tentar modificar ao menos o início da lista de inscrição, que considera estar muito desigual. “Não é para evitar o embate, e sim para equilibrar o jogo. Se não é bom para nós, também não é bom para eles. Já levamos essa proposta, estamos dialogando desde ontem”, contou.

Lindbergh considera que o principal destaque do interrogatório será o “rali de perguntas dos senadores”, que terão cinco minutos cada para questionar Dilma. “Eu quero ver o que o Aécio Neves vai perguntar para ela”, provocou, citando a última disputa presidencial entre o tucano e a petista. Sobre a possível abstenção do PMDB, que deve evitar fazer perguntas por ter participado do governo, o petista classificou como “absurdo e desmoralizante”.

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