metropoles.com

CPI: advogado da Precisa não responde perguntas sobre Covaxin

Túlio Silveira presta depoimento no colegiado sobre tratativas da empresa com o Ministério da Saúde para a compra da vacina Covaxin

atualizado

Compartilhar notícia

Pedro França/Agência Senado
Túlio Silveira CPI da Covid
1 de 1 Túlio Silveira CPI da Covid - Foto: Pedro França/Agência Senado

Em depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (18/8), o advogado da Precisa Medicamentos Túlio Silveira se recusou a responder perguntas relacionadas a compra da vacina indiana Covaxin. Aa negociações da empresa com o Ministério da Saúde são investigadas pelo colegiado por supostas irregularidades.

O silêncio do depoente irritou os senadores, entre eles o presidente da sessão, Omar Aziz (PSD-AM), que suspendeu a sessão por 30 minutos e disse que tinha uma decisão a tomar.

Túlio tentou, desde o início da sessão cancelar a oitiva. A defesa pediu questão de ordem no início da oitiva para alegar sigilo profissional entre o advogado e a Precisa Medicamentos a fim de respaldar o silêncio do depoente na sessão.

Acompanhe:

A questão de ordem foi indeferida pelo presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM). “Não vou arredar um milímetro, não tem argumento, não terá argumento para esta presidência para que eu arregue um milímetro do que o presidente Luiz Fux decidiu”, disse.

Atuação da Precisa

A Precisa atuou nas negociações como intermediária entre o laboratório indiano Bharat Biotech e o Ministério da Saúde. Após ouvir Silveira, a comissão espera colher o depoimento de Francisco Maximiano, sócio da empresa.

Aos senadores, o advogado da Precisa afirmou que não participou de nenhuma negociação envolvendo a empresa.

A expectativa da oitiva desta manhã é de que o advogado esclareça pontos que os senadores ainda consideram obscuros nas negociações entre o governo federal e os demais envolvidos.

A oitiva de Silveira ocorre em substituição à acareação entre o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), e o deputado Luis Miranda (DEM-DF). Os senadores avaliam que a acareação não ajudaria no andamento das investigações e preferiram focar em personagens da Precisa.

Outro tema que estará na pauta dos questionamentos dos senadores são as invoices, documentos semelhantes a notas fiscais e que levantaram dúvidas quanto à lisura dos trâmites. Em sessão da comissão, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) apresentou uma série de indícios de irregularidades no material analisado pelos senadores.

Silveira chega blindado por habeas corpus, que lhe assegura o direito ao silêncio em relação a fatos que o incriminem. O advogado tinha ingressado no Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido para não comparecer ao colegiado, o que foi negado pelo presidente da Corte, o ministro Luiz Fux.

O presidente do STF, todavia, já destacou que cabe ao depoente avaliar o que pode ou não autoincriminá-lo e cabe à CPI da Covid decidir se há ou não abuso do direito fundamental e, portanto, poderá adotar as providencias que julgar cabíveis.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?