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Carlos Bolsonaro e Major Olímpio batem boca: “Vaso sanitário”

Vereador e líder do PSL no Senado se desentenderam após críticas de Olímpio à atuação dos filhos do presidente. Sigla está em crise

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A declaração do líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), de que os filhos do presidente  Jair Bolsonaro (PSL) têm “mania de príncipe”, continua repercutindo na sigla. O desgaste foi tamanho que a briga ganhou as redes sociais. Neste domingo (13/10/2019), o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) e Olímpio bateram boca no Twitter.

O desentendimento começou após uma provocação de Carlos Bolsonaro na noite deste sábado (12/10/2019). “Conhecemos o ex-presidente do PSL/SP. No hospital, após a facada, o tal Major Olímpio chorou em frente a meu pai, que me determinou foco primordial na eleição do tal. Assim o fiz e hoje, este senhor diz absurdos sobre o trabalho que exerço de forma esgotante. És um bobo da corte”, escreveu.

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O filho do presidente continuou. “Não uso os atributos que merece pois seria injustiça com o vaso sanitário! A ingratidão é um dos maiores defeitos do homem. Holofotes mudam os políticos! Doria que o diga e poderia falar mais! Não adianta falar grosso comigo pois estou andando para você”, publicou.

Já neste domingo, Olímpio respondeu. “Chorei sim, Carlos Bolsonaro, não só dentro da UTI, mas em outras vezes pela preocupação com um amigo. Talvez eu até seja um bobo, mas definitivamente não estamos numa corte. O povo elegeu o presidente Bolsonaro e não príncipes para fazerem o que querem”, rebateu.

Entenda a crise

O entreveiro começou após Olímpio criticar os filhos do presidente. “Não reconheço no país a monarquia, a dinastia. O que desgasta o presidente são os filhos, com mania de príncipe”, disparou na sexta-feira (11/10/2019). No pano de fundo, a disputa pelo comando do PSL paulista entre Olímpio e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) alimenta a crise.

Em formatura de sargentos da Polícia Militar de São Paulo, o líder do PSL lamentou a falta de unidade do partido, mergulhado em um novo desgaste. Ele afirmou que teme que Bolsonaro deixe a legenda e voltou a culpar os filhos do mandatário do Planalto pela situação. “O Eduardo promoveu tudo isso. Agora, quem perde é o presidente. Se algumas pessoas saíssem do PSL hoje, não fariam a menor falta”, justificou.

Ele emendou: “Uma coisa é eu apoiar o presidente. Outra coisa é concordar com essas idiotices que fazem. O Eduardo em São Paulo, o outro dizendo que é o iluminado no Senado. Não sou moleque, eu já escolhi meu lado na lei há muitos anos”, reforçou.

Olímpio ressaltou que, sem o apoio do presidente da sigla, Luciano Bivar (PE), e a legenda, Bolsonaro “não existiria”. “[Em 2018], Bivar foi o único que deu a garantia para que Bolsonaro tivesse um partido para disputar a Presidência da República”, disse o senador. “O PSL cresceu muito por conta de Jair Bolsonaro. Mas sem PSL e sem Bivar, não existiria Bolsonaro presidente. Eles se completam”, destacou.

Veja as mensagens de Carlos Bolsonaro e Major Olímpio:

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