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Bolsonaro sobre “não estou à venda” de Moro: “Vá plantar coquinho”

O presidente criticou duramente nesta sexta-feira seu ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro

atualizado

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Andre Borges/Esp. Metrópoles
Moro e Jair Bolsonaro
1 de 1 Moro e Jair Bolsonaro - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

No Palácio da Alvorada, após uma semana sem falar com a imprensa no local, o presidente cumprimentou rapidamente apoiadores, na noite desta sexta-feira (22/05), e falou por uma hora a jornalistas sobre o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em determinado momento, Bolsonaro relembrou o dia 24 de abril, em que seu então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, anunciou que deixaria o governo, afirmando que o presidente teria tentado interferir politicamente na Polícia Federal ao decidir demitir o ex-diretor-geral da corporação Maurício Valeixo.

No mesmo dia em que pediu demissão fazendo acusações ao presidente, o ex-ministro exibiu ao Jornal Nacional, da TV Globo, uma troca de mensagens entre ele e Bolsonaro e também com a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).

Na troca de mensagens com a parlamentar, Zambelli propõe a Moro que aceite a mudança na PF e, em troca, seja nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal. Em resposta, Moro diz: “Prezada, não estou à venda”.

“Lamento, mais uma vez, a forma como senhor Sergio Moro saiu atirando, saiu numa coletiva, onde se demitiu, pegou o seu celular e vai entregar para o [jornalista, William] Bonner da TV Globo e bota lá também prints de uma conversa com uma senhora […] que trocou informações com ele, onde ele classicamente, né: ‘Não estou à venda’. Ah, vá plantar coquinho”, disparou o presidente.

Durante a fala à imprensa, Bolsonaro também disse que o ex-ministro tinha a “obrigação” de defendê-lo e afirmou que tinha uma rede de informações paralela, pessoal. “O tempo todo vivendo sob tensão, possibilidade de busca e apreensão na casa de filho meu, onde provas seriam plantadas, levantei isso graças a Deus, [porque] tenho amigos policiais civis e policiais militares no Rio de Janeiro, [soube o] que estava sendo armado para cima de mim. Moro, eu não quero que me blinde, mas você tem a missão de não deixar eu ser chantageado”, afirmou, visivelmente exaltado, Bolsonaro.

“É obrigação dele me defender, não é me defender de corrupção, de dinheiro encontrado no exterior, é defender o presidente para que eu possa ter paz”, prosseguiu.

E falou sobre seu sistema de informações fora dos canais oficiais: “É um colega de vocês da imprensa que com certeza eu tenho, é um sargento no batalhão de operações especiais no Rio, um capitão do Exército no grupo de artilharia em Niuaque, é um policial civil em Manaus, é um amigo que eu fiz em um determinado local […], que gosta de informação, que liga para mim, mantém contato zap [WhatsApp]. Essa informação que eu tenho pessoal minha, que eu descubro muitas coisas, que lamentavelmente não descubro via as inteligências oficiais, que é a PF, Marinha, Aeronáutica, Exército e Abin”.

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