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Bolsonaro sobre ação que achou dinheiro nas nádegas de senador: “Orgulho”

O presidente também reclamou da associação do vice-líder Chico Rodrigues ao seu nome: “Combato a corrupção, seja de quem for”

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Bolsonaro sanciona maior pena, de até cinco anos, por maus-tratos a animais
1 de 1 Bolsonaro sanciona maior pena, de até cinco anos, por maus-tratos a animais - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (15/10), a apoiadores, que a operação da Polícia Federal (PF) que flagrou o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), vice-líder do governo, com dinheiro nas nádegas é motivo de orgulho para a atual gestão.

Bolsonaro também reclamou das associações do nome do senador ao dele e reafirmou que está empenhado no combate à corrupção, “seja de quem for”.

“A operação de ontem [quarta-feira] é fator de orgulho para meu governo, para meu ministro Wagner Rosário [da Controladoria-Geral da União] e para a nossa PF”, disse. “E não isso que a imprensa está falando agora que eu tenho a ver com essa corrupção, ou dizendo que no meu governo tem corrupção. Esse caso aí e mais uma mentira da imprensa que quer desqualificar meu governo a todo tempo. Isso se chama crise de abstinência. Acabaram os milhões”, disse o presidente, ao deixar o Palácio da Alvorada.

“Parte da imprensa me acusando do cara ser meu amigo, eu coloquei como vice-líder e que eu não combato a corrupção. Vamos deixar bem claro, essa operação da PF de ontem, como metade das operações, foi em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União). Ou seja, nós estamos combatendo a corrupção, não interessa quem seja a pessoa suspeita”, continuou o presidente.

Vice-líder do governo no Senado, Chico Rodrigues foi alvo de operação nessa quarta-feira (14/10), em Boa Vista. A notícia de que o senador teria escondido dinheiro na cueca durante a abordagem dos policiais ganhou as redes sociais. Além de representar o governo no Senado, ele e o próprio presidente sempre divulgam a amizade de anos, desde que o presidente era deputado federal e os dois eram colegas na Câmara.

A investigação, sob sigilo, apura desvios de recursos públicos destinados ao combate à pandemia de Covid-19, oriundos de emendas parlamentares. A ordem de busca e apreensão foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.

De acordo com Bolsonaro, a CGU participou ativamente da apuração, avisando a PF sobre possíveis irregularidades nos contratos firmados. “Essa operação de ontem é típica do meu governo. Não tem corrupção no meu governo e combatemos a corrupção seja de quem for”, disse o presidente.

“Vocês estão há quase dois anos sem ouvir falar em corrupção no meu governo. O meu governo são os ministros, as estatais e bancos oficiais. Alguns acham que toda corrupção tem a ver com governo. Não”, afirmou

“Lamento os desvios de recursos. Seria bom que não houvesse porque, afinal de contas, quando se desvia recursos da Saúde, inocentes morrem”, completou.

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