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Bolsonaro se compara a Dilma e diz querer participar de eleições no ano que vem

A fala foi feita durante entrevista à Rádio Gaúcha, na manhã desta sexta-feira (23/6), em Porto Alegre, onde o ex-presidente cumpre agenda

atualizado

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Ex-presidente Jair Bolsonaro cercado por jornalista na saída do Senado Federal, após reunião com o filho Flávio Bolsonaro
1 de 1 Ex-presidente Jair Bolsonaro cercado por jornalista na saída do Senado Federal, após reunião com o filho Flávio Bolsonaro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Em entrevista à Rádio Gaúcha, na manhã desta sexta-feira (23/6), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que quer ter direitos políticos já no ano que vem, com as eleições municipais. Ele ainda se comparou à ex-presidente Dilma Rousseff, que passou por um processo de impeachment.

“Eu quero participar das eleições do ano que vem, vou participar, sim. Quero continuar com meu direito, e não tem nada que possa me tirar do direito político, a não ser uma arbitrariedade. A Dilma foi cassada e continuou com seus direitos. Está errado. O Lula foi condenado e foi eleito presidente da República. Está errado aí também”, apontou.

O ex-presidente comentava sobre o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Segundo ele, o ministro tenta “culpá-lo pelo 8 de janeiro”.

“É muito ruim quando se aparelha o Judiciário para atingir fins políticos. Eu estou com 68 anos de idade, estamos participando nesses dois dias dessa nossa vinda a Porto Alegre (RS), na Assembleia Legislativa, conversando com a população. A gente sonha em continuar trabalhando pelo futuro do nosso Brasil. Do Rio Grande do Sul, mas mais importante é o Brasil. Estamos empenhados nessa missão”, disse Bolsonaro.

Ele também falou sobre a possibilidade de concorrer em 2026. “Obviamente, me tirando os direitos políticos eu não vou estar morto, mas prefiro poder disputar alguma coisa em 2026. Me tirar agora direitos políticos, sem uma prova, sem algo de concreto que eu tenha feito, isso é um crime”, definiu.

“Alguns falam para eu ser mais calmo. Eu estou tendo calma para falar. Quem não está tendo a devida atenção [ao] que está acontecendo são alguns do Tribunal Superior Eleitoral, que ficam botando o dedo, apertando o acelerador como se eu fosse um mal para o Brasil”, completou Bolsonaro.

Na entrevista, o ex-presidente ainda disse que, caso se torne inelegível, não conseguirá disputar outro cargo político antes da morte. “Se me tornarem inelegível agora, eu não posso disputar a eleição de 2026, não posso disputar a de 2030. Vou disputar em 2034. Eu acho que até lá eu já terei ido embora até lá. Eu estou com 68 anos de idade”, afirmou.

Julgamento suspenso

Quando marcou o julgamento de Bolsonaro, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, previu três dias de discussões. A análise começou nesta quinta e segue na próxima terça-feira (27/6), com início às 19h. Se não houver pedido de vista, o julgamento continua em 29 de junho.

No dia 27, o relator do caso, Benedito Gonçalves, vai proferir seu voto, estimado em cerca de 460 páginas. Em seguida, são proferidos os votos dos ministros Raul Araújo Filho, Floriano de Azevedo Marques, Ramos Tavares, ministra Cármen Lúcia (vice-presidente do TSE), ministro Nunes Marques e, por último, Alexandre de Moraes, presidente do tribunal.

Para ser considerado inelegível, Bolsonaro precisa ser condenado por pelo menos quatro dos sete ministros.

Veja como foi o primeiro dia de julgamento:

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