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Para Bolsonaro, programa Mais Médicos é “trabalho escravo”

Presidente eleito voltou a criticar o governo cubano após decisão de deixar o projeto. “Médicos precisam comprovar competência”, disse

atualizado

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Igo Estrela / Metrópoles
Jair Bolsonaro durante sessão do Congresso Nacional
1 de 1 Jair Bolsonaro durante sessão do Congresso Nacional - Foto: Igo Estrela / Metrópoles

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), voltou a se manifestar nesta quarta-feira (14/11) sobre a saída de Cuba do programa Mais Médicos. O deputado federal afirmou que sempre foi contra a iniciativa por uma questão humanitária: “É trabalho escravo e eu não vou convidar para ficar”, afirmou Bolsonaro, em coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

“Eu sempre fui contra o Mais Médicos, primeiro por uma questão humanitária, 70% [do dinheiro] ficam com o governo deles, e não temos a menor comprovação de que eles realmente sabem o que estão fazendo. É trabalho escravo e eu não vou convidar pra ficar”, justificou o presidente eleito.

“Nós podemos suprir esses médicos cubanos com os alunos que estão se formando e qualquer outro país que quiser mandar médico estamos abertos. O programa não está extinto. Mas nós exigiremos uma prova de que eles são competentes”, afirmou Bolsonaro.

Questionado sobre como não deixar a população desassistida com a ida dos médicos cubanos de volta para casa, Bolsonaro desconversou. Ele disse que duvida que alguém queria ser assistido por cubanos, “porque não tem qualquer comprovação de qualidade”. “Se quiserem fazer o revalida, trazer a família e receber o salário integral eu aceito eles”, completou.

Em 2016, Bolsonaro chegou a protocolar uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão da medida provisória (MP), editada pela ex-presidente Dilma Rousseff, que criou o Mais Médicos.

Mais cedo, o governo de Cuba comunicou sua retirada do programa Mais Médicos. Em nota divulgada pelo governo do país caribenho, as mudanças anunciadas pelo presidente eleito “violam as garantias acordadas desde o início” com o governo brasileiro.

Em nota, o Ministério da Saúde brasileiro afirmou que governo federal está adotando todas as medidas para garantir a assistência dos brasileiros atendidos pelas equipes do Saúde da Família que contam com profissionais de Cuba.

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