Bolsonaro divulga fake news e tem conteúdo barrado no Instagram
Presidente compartilhou postagem do deputado estadual André Fernandes (PSL-CE) com falsa informações sobre o número de mortes por Covid-19
atualizado
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Em meio à crise do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) compartilhou na noite dessa segunda-feira (12/05) informações falsas sobre o número de mortes por doenças respiratórios no Ceará.
A publicação, que foi divulgada na ferramenta stories, do Instagram, acabou caracterizada como “fake news” pela própria rede social, limitando o acesso ao conteúdo.
“Informação falsa. Checado por verificadores de fatos independentes”, diz o texto apresentado no Instagram quando os usuários tentam ver a imagem. Confira:
Fake news
A postagem foi feita originalmente pelo deputado estadual André Fernandes (PSL-CE). O texto diz que no ano passado morreram 6,3 mil pessoas por doenças respiratórias no Ceará. Neste ano, seriam 6,2 mil, contando com os casos de Covid-19.
De acordo com a Agência Lupa, que fez a checagem, a informação é falsa pois os números citados incluem erroneamente mortes por outras causas que não têm relação com problemas respiratórios.
Instagram Jair Bolsonaro
Perfil oficial do presidente Jair Bolsonaro Reprodução
Instagram Jair Bolsonaro
Ao ver a postagem, o Instagram emite a seguinte mensagem: "Informação falsa" Reprodução
Instagram Jair Bolsonaro
O conteúdo falso foi verificado pela Agência Lupa e por isso foi limitado Reprodução
Instagram Jair Bolsonaro
Este é o conteúdo postado pelo presidente Jair Bolsonaro com informação falsa Reprodução
“Após a atualização feita à 0h desta segunda-feira (11/05), os dados do Portal da Transparência do Registro Civil indicavam 2.808 óbitos por doenças respiratórias no Ceará no período citado em 2019 contra 3.217 em 2020 – ou seja, houve aumento de pelo menos 409 casos no estado, o que equivale a um acréscimo de 14,5% em relação ao registrado no ano passado”, diz o texto da agência (leia aqui a íntegra).
De novo?
Esta não é a primeira vez que o presidente tem conteúdo limitados em meio à pandemia do novo coronavírus. Durante a atual crise, redes sociais (como Twitter e WhatsApp) intensificaram o combate à disseminação de notícias falsas.
Em março deste ano, o Twitter apagou dois vídeos de Bolsonaro, que defendia (e ainda defende) uso de hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19. O medicamento, contudo, não é indicado dessa maneira por nenhuma autoridade médica.
