Neste 15 de novembro, data em que é celebrada a Proclamação da República, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) devem se unir para mostrar a insatisfação com a derrota do atual mandatário do país nas eleições deste ano, que tiveram como vitorioso Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Manifestantes articulam esse tipo de movimento desde o fim do mês passado.
Nos grupos de Telegram e WhatsApp, bolsonaristas têm convocado a população a se reunir em frente aos quartéis-generais (QGs) regionais do Exército. A expectativa, porém, é que a maior concentração ocorra em Brasília, onde um grupo se aglomera há mais de 15 dias, próximo ao QG do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU).
O movimento pode se estender para a Esplanada dos Ministérios. A Praça dos Três Poderes está fechada desde antes do segundo turno, realizado em 30 de outubro, para proteger os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Vinícius Schmidt/Metrópoles

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Acampamento montado no QGVinícius Schmidt/Metrópoles

Fake news, financiamentos e discursos políticos motivavam manifestantesVinícius Schmidt/Metrópoles

Manifestantes pediram golpe por 70 diasVinícius Schmidt/Metrópoles

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Movimento começou após derrota de BolsonaroVinícius Schmidt/Metrópoles

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Com bandeiras do Brasil, bolsonaristas protestavam contra a democraciaVinícius Schmidt/Metrópoles
Reforço
O esquema organizado pela equipe de segurança dos Poderes Legislativo e Judiciário, além da Polícia Militar do Distrito Federal, deve ser reforçado nesta terça-feira, em Brasília. Barreiras antidrones e de contenção devem ser instaladas em pontos específicos da capital.
Centenas de caminhões chegam ao Distrito Federal desde o último fim de semana, com financiamento de empresários simpáticos a Bolsonaro. Um dos organizadores do ato em Brasília é o pastor Jackson Vilar, que está na capital e também promove motociatas por todo o país.
No Twitter, bolsonaristas já circulam a hashtag #Dia15SeráGigante. Com o ato, esses manifestantes tentam evitar a dispersão do movimento, que já mostra sinais de arrefecimento.
Os protestos, que devem acontecer em alguns pontos do país, visam propagar a ideia de que as eleições presidenciais teriam sido fraudulentas e que a vitória de Lula se trataria de um “golpe”. Até o momento, além de Brasília, estão previstas manifestações em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Paraná.
Oração pelo Brasil e eleições transparentes
A interpretação do movimento é que os atos estão fortalecidos pela última nota do Ministério da Defesa, divulgada no fim da semana passada. Por meio do comunicado, a pasta indica que o trabalho dos militares, “embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022”.
De acordo com lideranças dos movimentos, o ponto alto dos atos ocorrerá às 15h desta terça-feira. No horário, a ideia é que todos os simpatizantes ao governo Bolsonaro, de onde estiverem, ajoelhem-se e façam uma “oração pelo Brasil”.
Além disso, os apoiadores devem pedir eleições transparentes e exigir o “código-fonte” das urnas – que, segundo eles, são passíveis de fraude. Apesar das alegações, não houve registro de qualquer inconsistência no processo eleitoral brasileiro.
Durante os atos, também devem aparecer bandeiras contra o STF e as supostas “ditaduras” promovidas pela Corte.