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Após dizer que “para prender Lula, vai ter que matar gente”, Gleisi recua

Segundo a presidente do PT, ela usou apenas uma “força de expressão” para demonstrar como Lula é querido pelo povo

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Luiz Inácio Lula da Silva durante evento do PT em Brasília. – Brasília(DF), 24/04/2017
1 de 1 Luiz Inácio Lula da Silva durante evento do PT em Brasília. – Brasília(DF), 24/04/2017 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), senadora Gleisi Hoffmann, disse em entrevista ao site Poder 360, ao falar sobre o julgamento do ex-presidente Lula, que, se ele for preso, “vai ter que prender muita gente, mais do que isso, vai ter que matar gente”. Após a declaração repercutir negativamente, ela usou as redes sociais, nesta terça-feira (16/1), para se explicar.

A senadora fez referência ao julgamento do recurso da defesa do ex-presidente no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre (RS), marcado para o próximo dia 24/1. Lula foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em julho do ano passado.

A parlamentar se antecipou e afirmou que, se os juízes confirmassem a sentença de Sérgio Moro, eles desceriam para “o play da política”. “Vamos jogar pesado”, completou.

No Twitter, Gleisi atenuou seu discurso e disse ter usado apenas uma “força de expressão”, reforçando o que ela chama de “injustiça”.

 

Gleisi chamou de “cortina de fumaça” a acusação de que os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região estão sofrendo ameaças. Para ela, isso ocorre porque o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores, está com “um pepino” nas mãos e precisa desviar as atenções da “ausência de provas” contra o ex-presidente Lula.

“O PT não faz ameaças. O presidente do TRF-4 quer criar uma cortina de fumaça e tirar o foco do julgamento em si porque, na realidade, ele está com um pepino lá, que é um processo pelo qual não tem como condenar o Lula, por absoluta ausência de provas. Aliás, ausência de crime”, disse Gleisi. “Então, como outras vezes, o desembargador está fazendo uma ação política. Não é papel dele cuidar disso.”

A senadora não descartou a possibilidade de haver “infiltrados” nas manifestações programadas para o próximo dia 24, mas ressalvou que o partido já pediu providências ao governo do Rio Grande do Sul e ao comando da Brigada Militar.

Gleisi afirmou que o PT solicitou à cúpula da polícia gaúcha atenção especial à presença de eventuais provocadores nos atos em defesa de Lula. “Eles têm inteligência e têm como separar as pessoas infiltradas dos manifestantes, para não acontecer o que ocorreu aqui em Brasília durante protesto contra a reforma da Previdência”, disse a senadora.

Sem esconder sua contrariedade a comentários de que o PT partirá para a violência caso o ex-presidente seja condenado na segunda instância judicial, Gleisi destacou que o partido sempre orientou os militantes a promover manifestações pacíficas. “Da nossa parte, todos podem ficar muito tranquilos”, disse ela. “Se houver ato de violência, de vandalismo, não será cometido pelo PT.”

O julgamento
No próximo dia 24, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) julgará um recurso interposto pela defesa de Lula, que já foi condenado em primeira instância por favorecimento ilegal aos empreiteiros da OAS.

Os desembargadores decidirão se mantêm a condenação pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro ou se absolvem o ex-presidente da República. (Com informações da Agência Estado)

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