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Anvisa autoriza uso emergencial do 5º medicamento contra Covid

Sotrovimabe, medicamento que é um anticorpo monoclonal, é desenvolvido pela empresa Glaxo Smith Kline. Pedido para uso foi feito em julho

atualizado

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Anvisa/Divulgação
gustavo mendes, anvisa
1 de 1 gustavo mendes, anvisa - Foto: Anvisa/Divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso do medicamento Sotrovimabe contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

A diretoria da Anvisa se reuniu nesta quarta-feira (8/9) para avaliar o pedido de uso emergencial. O medicamento é um anticorpo monoclonal.

O pedido de uso emergencial foi apresentado pela fabricante, a empresa Glaxo Smith Kline (GSK) Brasil, no dia 19 de julho deste ano, e aprovado por unanimidade.

Gustavo Mendes, gerente-geral de medicamentos Anvisa (foto em destaque), em apresentação técnica, defendeu a liberação.

“A área técnica considera que as informações relacionadas ao produto são satisfatórias. Sugerimos uma autorização, mas com a continuação dos estudos clínicos”, frisou Guilherme Mendes.

Desde o início da pandemia, esse é o quinto fármaco a ter a liberação para uso no país (veja lista completa no fim da reportagem).

O medicamento ainda não teve estudos clínicos conduzidos no Brasil até o momento. A Anvisa se baseou em análises de outras autoridades regulatórias, como a europeia e a americana.

O tratamento é recomendado para adultos e pacientes pediátricos (12 anos de idade ou mais que pesem no mínimo 40 kg), que não necessitam de suplementação de oxigênio ou que estejam hospitalizados.

Entre os fatores de alto risco estão idade avançada, obesidade, doença cardiovascular, incluindo hipertensão, doença pulmonar crônica, incluindo asma, diabetes mellitus tipo 1 ou tipo 2, doença renal crônica, incluindo aqueles em diálise, doença hepática crônica, imunossuprimido.

A dose recomendada é de 500 mg de sotrovimabe como uma infusão intravenosa única. A autorização evidencia que o uso é restrito a hospitais e exige prescrição médica. A venda é proibida ao comércio, motivo pelo qual a fórmula não poderá ser vendida em farmácias e drogarias.

A autorização é para uso temporário e emergencial, em caráter experimental. A fórmula apresenta eficácia contra as variantes Beta, Gama e Delta — considerada mais contagiosa.

“Espera-se que o uso desse medicamento reduza as hospitalizações de pacientes com Covid-19 em casos leves ou moderados”, destacou Meiruze Sousa Freitas, diretora da Anvisa.

Veja remédios autorizados para o tratamento da Covid-19:

  • O Remdesivir teve o registro concedido pela agência em março deste ano;
  • Produzida pelas farmacêuticas Regeneron e Roche, a associação de anticorpos monoclonais (casirivimabe + imdevimabe) foi autorizada para uso emergencial, em abril.
  • Produzida pela farmacêutica Eli Lilly do Brasil, a associação de anticorpos monoclonais (banlanivimabe + etesevimabe) foi autorizada para uso emergencial, em maio.
  • Produzido pela empresa sul-coreana Celltrion Group, o Regkirona (Regdanvimabe) é anticorpo monoclonal cuja autorização foi concedida em agosto deste ano.
  • Produzido pela empresa Glaxo Smith Kline, o Sotrovimabe, anticorpo monoclonal de aplicação única, foi autorizado em setembro.

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