Alessandro Vieira diz que Guedes é “um Bolsonaro com curso em Chicago”
Senador reagiu aos ataques do ministro da Economia à metodologia de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
atualizado
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O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) usou as redes sociais, nesta sexta-feira (30/7), para criticar o ministro da Economia, Paulo Guedes, por atacar a metodologia de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o chefe da equipe econômica do governo, o instituto “está na idade da pedra lascada”.
A fala do ministro da Economia provocou reação imediata de Vieira, que chamou Guedes de “um Bolsonaro com curso em Chicago”. A manifestação do senador foi feita através do Twitter e refere-se à formação do chefe da pasta, que fez mestrado e doutorado na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.
Guedes é um Bolsonaro com curso em Chicago
— Senador Alessandro Vieira (@Sen_Alessandro) July 30, 2021
Mais cedo, Guedes atacou o IBGE após o órgão divulgar, nesta manhã, a taxa de desemprego de 14,6% no trimestre encerrado em maio. O resultado não agradou ao líder da Economia que defendeu os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), publicado pelo governo federal.
“Estamos gerando praticamente 1 milhão de empregos a cada três meses e meio”, disse a jornalistas após evento realizado na sede do Ministério da Economia no Rio de Janeiro.
O titular da pasta federal não considerou, entretanto, que o Caged mostra apenas os números do mercado de trabalho formal, enquanto o IBGE, por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), contempla também o setor informal do país. Na avaliação de Guedes, a Pnad está atrasada, uma vez que a taxa de desemprego é calculada por meio de entrevistas por telefone, enquanto o Caged usa dados oficiais das empresas.
Depois, ele citou os dados apresentados pelo Caged, que apontam a criação de 309 mil postos de trabalho em junho. “Desde o início do ano, já criamos 1,5 milhão de empregos. Desde a pandemia, que cortou 1 milhão de empregos, já criamos 2,5 milhões”.