Venezuela: ajuda humanitária está mantida e militares permanecem em RR

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, informou nesta quinta-feira (21/2) que o Brasil prossegue com a Operação Acolhida, desencadeada há mais de um ano, para receber venezuelanos que deixaram seu país para fugir da crise. Além disso, também está mantida a ajuda humanitária anunciada nesta semana pelo governo brasileiro. Nesta quinta, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou o fechamento da fronteira de seu país com o Brasil.

“Prossegue o planejamento da operação de apoio humanitário, mediante oferta de alimentos e remédios, a partir do dia 23”, disse o porta-voz. “O esforço é resultado de trabalho conjunto de alguns ministérios e suas agências, em benefício do povo venezuelano”, completou.

Um avião da Força Aérea está recolhendo alimentos e kits de primeiros socorros a serem levados ainda nesta quinta-feira para Roraima. “O material ficará à disposição para que motoristas e caminhões venezuelanos busquem os recursos e os levem para o país vizinho, como combinado com o presidente interino, Juan Guaidó”, disse.

Questionado pelo Metrópoles sobre a validade do material que será enviado à Venezuela, o porta-voz respondeu: “Acho interessante falar que os medicamentos são de data longa e os alimentos não são perecíveis. Então, não tem preocupação com o tempo de manter essa ajuda. Há condições de manter por vários meses”.

Rêgo Barros afirmou que as tropas brasileiras permanecem na Operação Acolhida e no perímetro delimitado próximo à fronteira desde o fim de 2018, quando foi aprovado o decreto de Garantia de Lei e Ordem (GLO), o qual determinou o envio de militares para a região.

O porta-voz ainda informou que o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, estará na Colômbia, no próximo dia 25, para participar de reunião do Grupo de Lima. A principal pauta será a questão venezuelana.