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Salim Mattar vai comandar privatizações no governo Bolsonaro

Dono da Localiza, empresário deve conversar com o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda nesta sexta-feira (23/11)

atualizado

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1 de 1 salim-mattar (1) - Foto: Divulgação

O empresário Salim Mattar, sócio e presidente do conselho da Localiza, assumirá a secretaria de “privatizações”, que também vem sendo chamada internamente de secretaria especial de desestatização e desinvestimentos. Salim aceitou o convite do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, com quem deve se encontrar ainda nesta sexta-feira (23/11) no Rio de Janeiro.

A informação foi confirmada por Guedes por meio de nota oficial. “O empresário Salim Mattar aceitou o convite do futuro Ministro da Economia, Paulo Guedes, para assumir a Secretaria Geral de Desestatização e Desimobilização, que será criada como parte da estrutura do Ministério da Economia no novo governo”, afirma o comunicado da assessoria de Guedes.

Empresário liberal (é conselheiro do Instituto Millenium, que promove o liberalismo), Mattar ensaia há algum tempo sua entrada no mundo político e chegou a ser sondado pelo Novo para se candidatar ao governo de Minas. Mattar terá a responsabilidade de tocar a área considerada estratégica por Guedes, que anunciou durante a campanha a intenção de levar para frente um programa ambicioso de privatizações.

Já o economista Marcos Cintra, doutor em economia por Harvard, deve assumir uma supersecretaria que vai unir a Receita Federal e a atual Secretaria da Previdência. Ela está sendo chamada internamente de secretaria de “arrecadação” e terá grande importância na nova estrutura.

Conversas
Há expectativa entre colaboradores da equipe que, com a escolha da presidência dos bancos estatais, Guedes se dedique nos próximos dias a definir a estrutura final e os nomes dos principais auxiliares. A princípio, o futuro superministério terá seis grandes secretarias.

As conversas ainda estão em andamento, e o número de secretarias ainda pode ser modificado, mas já há nomes bem cotados para cada uma das áreas, segundo três integrantes do time de transição.

No desenho que vem sendo pensado, além de Mattar em “privatizações” e Cintra em “arrecadação”, a “secretaria de produtividade e competitividade” ficaria com Carlos da Costa, ex-diretor do BNDES e colaborador do time. Mansueto de Almeida, atual secretário do Tesouro e já confirmado na futura equipe, comandaria a “secretaria de economia”, acumulando o Tesouro com outras áreas.

Para a secretaria de “gestão e modernização”, está cotado o advogado Paulo Uebel, ex-secretário de João Doria na Prefeitura de São Paulo e parte da equipe de transição. Já o economista Marcos Troyjo pode ficar com a secretaria responsável pelo comércio exterior.

Atual ministro do Planejamento, Esteves Colnago está quase confirmado na equipe econômica de Jair Bolsonaro, segundo uma importante fonte do time de transição. Ele está sendo pensado para o cargo de secretário executivo do superministério. A ideia é que ele ajude a “tocar a máquina”, explica um integrante do time. Colnago já se reuniu com Guedes, que gostou bastante da conversa.

Ajustes
Uma fonte da equipe pondera que o desenho de seis secretarias com seus respectivos comandantes ainda pode sofrer ajustes, já que é preciso, antes de tudo, confirmar o número de secretarias. Uma ala do time advoga por enxugar ainda mais o organograma, deixando o futuro ministério com cinco ou até quatro secretarias.

De qualquer maneira, algumas áreas e postos importantes fatalmente perderão relevância. É o caso da Receita Federal, que passará a ser uma estrutura do terceiro escalação, abaixo do secretário de “arrecadação”.

Dois importantes colaboradores da campanha e da transição, os pesquisadores do Ipea Adolfo Sachsida e Alexandre Ywata, também devem assumir postos no governo. Ywata está sendo cogitado para a diretoria de um banco estatal. Já Adolfo Sachsida poderia assumir uma assessoria especial.

Um integrante do grupo nota, ainda, que representantes de setores industriais mantêm a pressão em Jair Bolsonaro pela manutenção do Ministério da Indústria e Comércio. Guedes tem resistido.

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