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PGR pede prisão de Aécio Neves, mas ministro Fachin nega

Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, revelou que o tucano teria pedido R$ 2 milhões para pagar sua defesa na Lava Jato

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Ministros do governo Michel Temer – Brasília – DF 12/05/2016
1 de 1 Ministros do governo Michel Temer – Brasília – DF 12/05/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de prisão do senador Aécio Neves (PSDB), formulado com base na delação premiada de Joesley Batista, da JBS. A solicitação foi feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Apesar da negativa, Fachin mandou afastar o senador do exercício do mandato.

O advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, informou que a Casa afastou o senador assim que foi notificado oficialmente da decisão de Fachin, relator da Lava Jato. O parlamentar tucano foi automaticamente afastado das atividades parlamentares.

Havia expectativa de que o pedido de prisão de Aécio fosse levado ao plenário do STF, nesta quinta-feira (18/5), para avaliação do corpo de ministros. No entanto, o ministro decidiu a questão monocraticamente, negando-a.

Desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (18/5), a Polícia Federal e o Ministério Público Federal fazem operação, no âmbito da Lava Jato, em Brasília, Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Os alvos são o senador Aécio Neves; a irmã dele, Andrea Neves; e Altair Alves, considerado braço direito do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB).

A ação ocorre um dia depois de a delação de Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, revelar que o tucano teria pedido R$ 2 milhões para pagar sua defesa na Lava Jato.

A Procuradoria também pediu a prisão do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), que teria sido indicado pelo presidente Michel Temer para resolver assuntos da J&F e foi filmado pela Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. Fachin também negou esse pedido.

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