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Na Argentina, Temer diz que não fugiu de protestos durante eleição

“Eu estava programado para votar em um determinado horário, mas surgiu um compromisso e eu votei às 8h”, afirmou o presidente

atualizado

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NATACHA PISARENKO/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Temer se reúne com Macri em Buenos Aires
1 de 1 Temer se reúne com Macri em Buenos Aires - Foto: NATACHA PISARENKO/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente da República, Michel Temer, comentou nesta segunda-feira (3/10), durante visita à Argentina, a eleição municipal ocorrida no último domingo (2), no Brasil. Falando ao lado do mandatário argentino, Maurício Macri, Temer foi questionado sobre se teria fugido de manifestações que estavam programadas contra ele no seu local de votação, em um colégio de São Paulo. “Os protestos são naturais na democracia, eu não me incomodo com eles. Eu estava programado para votar em um determinado horário, mas surgiu um compromisso e eu votei às 8h. A imprensa toda estava lá. Agora, se estava programado um protesto na minha votação e eu evitei, tanto melhor para mim”, afirmou.

Temer comentou que não participou das eleições, justificando que sua base de apoio parlamentar é muito grande e contava com candidatos em várias cidades, sendo que em muitos locais eles concorriam com postulantes do seu partido, o PMDB. “Como presidente, não participei de nenhuma campanha, não saí do meu gabinete, não gravei nenhum vídeo, nem no meu Estado”, afirmou.

O presidente comentou que o PMDB sempre consegue o maior número de prefeituras no País e que inclusive houve um pequeno aumento no número de cidades comandadas pelo partido nesta eleição. “O PMDB tem muita capilaridade”.

Ao lado de Macri, presidente brasileiro comentou que os dois países vizinhos enfrentam problemas parecidos, como o desemprego e o combate à pobreza. Temer lembrou que o Planalto enviou ao Congresso a PEC dos gastos e que isso deve dar maior credibilidade ao governo, gerando confiança na economia e atraindo investimentos. “A gente só combate o desemprego com investimento, e quem faz isso é a iniciativa privada. Temos dito que o poder público não pode fazer tudo por sua conta, se fosse assim, bastaria criar milhões de cargos no serviço público, como parece que aconteceu na Argentina”, comentou em uma crítica velada à antecessora de Macri no cargo, Cristina Kirchner, que é acusada de criar milhões de cargos comissionados na administração pública.

Macri foi questionado ainda sobre a possibilidade de os países do Mercosul buscarem acordos comerciais fora do bloco, como por exemplo para destravar as tratativas com a União Europeia. Ele respondeu que Brasil e Argentina tem uma longa parceria e que devem percorrer um caminho conjunto. “Junto com o Brasil está tudo bem, tudo joia, tudo legal”, falou em português.

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