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Mourão volta atrás em estimativa de economia de projeto dos militares

“Me equivoquei”, disse ele. Os R$ 13 bilhões poupados em 10 anos citados por Mourão mais cedo é bem abaixo dos R$ 92,3 calculados por Guedes

atualizado

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Michael Melo / Metrópoles
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1 de 1 General-Mourão1 - Foto: Michael Melo / Metrópoles

O presidente da República em exercício, general Hamilton Mourão (PRTB), voltou atrás na tarde desta terça-feira (19) sobre o valor estimado de economia aos cofres públicos com a reforma da aposentadoria dos militares.

“Eu me enganei. O que prevalece é o número da área econômica. Lidei com muita coisa hoje de manhã e me equivoquei”, informou, via sua assessoria de imprensa. Mais cedo, Mourão declarara que em 10 anos, a proposta pouparia R$ 13 bilhões. Um valor bem inferior ao projetado pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, por volta de R$ 92,3 bilhões em uma década.

Mourão está na presidência interina do país enquanto Jair Bolsonaro (PSL) cumpre missão oficial nos Estados Unidos. Nesta terça, depois de participar da posse de cargos no Supremo Tribunal Militar (STM), Mourão reconheceu ter se enganado. “Está errado o meu número. Está errado”, disse ele, sem parar para explicar. Só depois sua assessoria divulgou os dados certos.

Mourão, Bolsonaro, e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, devem se reunir na manhã desta quarta-feira (20) para apresentar os dois textos finais sobre a reforma da Previdência – as regras para militares e civis. Ambas as versões estão em fase de revisão final.

A ideia é que Bolsonaro, assim que chegar dos Estados Unidos, bata o martelo antes de encaminhar as propostas à Câmara dos Deputados, o que deve ser feito na tarde de quarta-feira.

Os deputados condicionaram a chegada do projeto dos militares à Casa para que a reforma da Previdência dos civis, já encaminhada ao Congresso, tenha o devido andamento no Legislstivo. A promessa do Planalto é de que o texto dos militares seria entregue em prazo de 30 dias após a apresentação das regras gerais da nova Previdência dos brasileiros: o prazo termina nesta quarta.

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