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Globo se posiciona após Bolsonaro declarar emissora inimiga do governo

Em áudio, o presidente repreendeu Gustavo Bebianno por causa de Tonet Camargo, vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo

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Dida Sampaio/Estadão
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1 de 1 bolsonaro2-840×560-840×560 - Foto: Dida Sampaio/Estadão

A rede Globo decidiu se posicionar acerca de um áudio divulgado pela revista Veja nesta terça-feira (19/2). Na mensagem, o presidente Jair Bolsonaro repreende o então ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, após saber que ele se encontraria com Paulo Tonet Camargo, vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo.

“Gustavo, o que eu acho desse cara da Globo dentro do Palácio do Planalto: eu não quero ele aí dentro. Qual a mensagem que vai dar para as outras emissoras? Que nós estamos nos aproximando da Globo. Então, não dá para ter esse tipo de relacionamento. […] Trazer o inimigo para dentro de casa é outra história. Pô, cê tem que ter essa visão. Pelo amor de Deus, cara. Fica complicado a gente ter um relacionamento legal dessa forma porque cê tá trazendo o maior cara que me ferrou – antes, durante e após a campanha – para dentro de casa. Me desculpa. Como presidente de República: cancela, não quero esse cara aí dentro. Ponto final”, concluiu.”, diz o presidente no áudio.

Em nota enviada à coluna de Mauricio Stycer, do UOL, a emissora alegou que “não tem nem cultiva inimigos” e que seus diretores costumam visitar “autoridades de diferentes poderes” relacionadas ao governo Bolsonaro. A jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha da S. Paulo, confirmou a afirmação da Globo.

“Desde janeiro, Tonet já se reuniu com os generais Augusto Heleno [chefe do Gabinete de Segurança Institucional], Santos Cruz [ministro da Secretaria de Governo] e também com Onyx Lorenzoni [ministro da Casa Civil]”, revelou Monica.

No comunicado, a emissora informou que continuará “sua missão de levar ao público jornalismo independente – dando transparência a tudo o que é relevante para o país – e entretenimento de qualidade”. “Continuaremos a trabalhar nesta mesma direção […] Não nos diferenciamos de qualquer grupo empresarial que pretenda ouvir todas as vozes de uma sociedade livre, de forma transparente e com agenda pública, mantendo relações estritamente institucionais e republicanas”, concluiu.

Exoneração

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) confirmou nessa segunda-feira (18/2) a exoneração do secretário-geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno. Segundo o porta-voz do governo, Otávio Rêgo Barros, o presidente agradeceu a Bebianno pela “dedicação à frente da pasta e desejou sucesso na nova caminhada”. “O motivo da exoneração é de foro íntimo do presidente”, disse o porta-voz, que afirmou desconhecer se foi oferecido algum outro cargo a Bebianno. A demissão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça.

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