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General ligado a Bolsonaro descarta ação militar contra a Venezuela

Augusto Heleno, cotado como futuro ministro da Defesa, rechaçou qualquer possibilidade de o Brasil participar de um plano contra Maduro

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
General Augusto Heleno
1 de 1 General Augusto Heleno - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Citado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), como futuro ministro da Defesa do seu governo a partir de janeiro, o general da reserva do Exército Augusto Heleno Ribeiro Pereira, que hoje completa 71 anos de idade, rechaçou qualquer possibilidade de o Brasil participar de um plano militar para desestabilizar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

A Folha divulgou nesta segunda-feira (29/10) que um alto funcionário do governo da Colômbia disse que se Bolsonaro “ajudar a derrubar Maduro com uma intervenção militar, terá o apoio da Colômbia”.

“Se for [o presidente dos EUA, Donald] Trump, ou Bolsonaro, o primeiro a colocar os pés na Venezuela para derrubar Maduro, a Colômbia irá atrás sem vacilar”, disse o funcionário. Segundo ele, é o que pensa o presidente Duque e seu padrinho político, Álvaro Uribe.

A mesma fonte disse que conversas no nível consular com Chile e Argentina estariam ocorrendo, mas que estes países se mostravam mais resistentes em apostar nesta opção.

Compromisso do Brasil
Augusto Heleno disse que tal hipótese “contraria os princípios das relações exteriores” do Brasil, que preveem a não ingerência em assuntos internos de outras nações. “Isso aí é um dos pontos que o Brasil assume o compromisso mundialmente de não ter ingerência em assuntos internos de outros países”, completou.

Questionado se  esse tipo de discurso, em torno de uma aliança para derrubar um governo, poderia levar a um caminho perigoso na relação com os países vizinhos, o militar da reserva foi taxativo: “Acho que não vai levar a nada perigoso porque nós não vamos caminhar nessa direção”, disse.

Colômbia nega
O governo colombiano negou nesta segunda que estaria disposto a apoiar uma intervenção militar na Venezuela feita pelo novo presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro. A negativa foi divulgada pelo ministro de Relações Exteriores da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo, nas redes sociais.

“O Ministério das Relações Exteriores, em nome do governo da Colômbia, rejeita e nega as versões que foram publicadas hoje pelo jornal Folha de S.Paulo sobre uma suposta e inexistente sugestão da Colômbia ao presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, para derrubar o governo de Nicolás Maduro através de uma intervenção militar”, afirmou Trujillo no vídeo.

“O governo do presidente Iván Duque, como ele já expressou repetidas vezes, mantém uma tradição não-bélica e busca, por meio de ações políticas e diplomáticas regionais e multilaterais, contribuir para a criação de condições para que, mais cedo ou mais tarde, o povo irmão da Venezuela possa viver novamente com democracia e liberdade”, completou ele.

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